30.3.07

Caralho.

Vagando pelo YouTube, acabei de me tocar de que existem créditos na abertura de Castelo Rá-Tim-Bum.

Me lembrava só de uns borrões azuis do lado das paredes aparecendo e do robozinho sinistro com a bandeirinha.

26.3.07


She's unavoidable, I'm backed against the wall,
she gives me feelings that I never felt before!
I'm breaking promises, she's breaking every law.
She used to look good to me, but now I find her:
simply irresistible!

18.3.07

- O que você faz da sua vida é problema seu.
- But I was born to love you!

eles novamente

Puta que me pariu: dois-pontos é um troço muito mothafuckin' sexual, doido.
Regra número um: Escrever. Escrever sempre. Escrever bem. Ou não escrever.

Diário. Blog português, salvo engano.
Da Wikipedia:

According to the Oxford English Dictionary
in English, the earliest historical meaning of the word information in english was the act of informing, or giving form or shape to the mind, as in education, instruction, or training.

Do Aurelinho, o verbete em suas cinco definições:

in.for.ma.ção sf. 1. Ato ou efeito de informar(-se); informe. 2. Fatos conhecidos ou dados comunicados acerca de alguém ou algo. 3. Instrução, direção. 4. Tudo aquilo que, por ter alguma característica distinta, pode ser ou é apreendido, assimilado ou armazenado pela percepção e pela mente humanas. 5. Qualquer seqüência de elementos que, por distinguir-se de outras seqüências de mesma natureza, produz determinado efeito e serve para transmitir e armazenar a capacidade de produzir tal efeito. [Por exemplo, as seqüências de grupos de átomos, onde, nos cromossosmos, se localiza a informação genética; ou seqüência de sinais magnéticos ou elétricos, os bits, para armazenamento e processamento de computadores.] [Pl.: -ções.] in.for.ma.ci:o.nal adj2g.

O antônimo de informal é formal. O antônimo de informação é formação?

14.3.07

doze contos de dez palavras

Vende-se restos de batom - vermelho - paixão - já - esmorecida - pelo - tempo. Tratar com Ricardo. // Acendeu duas luzes: a da cozinha e a outra da faísca do disparo seco. O bife queimou. // Tirei os óculos, um momento, para enxugar as lágrimas e acabei entrando no ônibus errado novamente. // Meu coração era tão pequenino: conseguiu tomá-lo num golé só. // As luzes eram intermitentes, a respiração era intermitente: angústia constante. // Conheceram-se: casaram-se dois meses depois sem nunca terem se beijado. // Encheu o saco daquele lugar: foi-se pra França ser michê. // Sou o primeiro conto dessa página e vou acabar agora. // Acertou o alarme em oito horas: às nove, ia amar. // Carmem estremeceu: só ouviu o som do seu próprio orgasmo. // A peça havia chegado ao fim e Mauro não gozou. // Eu sou o último conto da página: a aula acabou.

Produto da aula hoje de Estilística: a professora falando de fono-meus-ovos-estilística e nós brincando dissaí.

12.3.07

shake it all, baby!


You know you twist so fine!
Come on and twist a little closer, now,
and let me know that you're mine!

5.3.07

minicontos, nanotales

Jules Horne, blogueira do The Guardian, falando sobre nanotales, escreveu:

These distinguished writers, often at the maverick outer edges of their art, weren't interested in offering up quick fixes for us to absorb between tube stops. They were drawn to its special challenges: the distilled essence of storytelling, the condensed emotion, the perception shift, the power of the unexpressed.

E também que estes microcontos fit beautifully into a blog. E ela está certa: os parágrafos quadradamente posicionados na tela, as linhas duplas formando retângulos: tudo geometricamente estetizado.

Contudo, claro que não tem somente coisa boa: Jules também fala da aflição que sente ao ouvir que os nanotales são perfeitos para estes nossos tempos globalizados, na qual tudo é em pílulas, em doses homeopáticas e o DDA corre solto. Em inglês.

4.3.07

prosa boa é que nem vidraça

Good prose is like a windowpane, diz George Orwell, no ensaio Why I write, referindo-se ao apagamento de personalidade do qual o escritor necessita para escrever algo, no mínimo, legível. Também estabelece four great motives for writing, sendo os ditos cujos:

1. Egoísmo puro e simples
2. Enlevo estético
3. Impulso histórico
4. E propósito político

Não termina nem começa por aí: o escritor inglês também fala de suas poesias, da guerra civil espanhola e de suas esquisitices infantis. Em inglês, com bigodinho e tudo.

!

De repente! Ela não avista, entre a calçada e o asfalto, o pequeno lago pluvial: o pé vai na lama, um quase escorregão se dá e a havaiana foge-lhe dos dedos, sailing away, em busca de aventuras. Ela, em resgate, corre atrás, acompanhando cada curva e desvio, conseguindo desvencilhar-se dos reclamantes e dos transeuntes, pois é tarde e só faltava mais essa agora.

1.3.07

Blogosferiando

O hermeneuta alexandrino não se limitou a inventar pontuação: ele quis forjar palavras que tornassem significantes os silêncios que pressentia nos textos e lhe permitissem, mais do que perceber o que lia, compreender o que lia. A decisão de as fazer invisíveis é apenas um indício de quão místicos eram os dias que então se viviam. Sabemos que as palavras estão lá – o resto, o resto é arte na distribuição das vírgulas.

Do ótimo Bandeira ao Vento, blog português, o qual o autor teve o pau-no-cuzismo de retirar os comentários. Good still, as you can see.