Diz que estávamos eu e amigo meu a ir para nossas casas depois de uma tarde de RPG. Subindo a rua, uma criatura ultrapassa-nos pedalando sua bicicleta e, determinada hora, pára. Após mais alguns passos, aproximamo-nos dele:
"Tu vai, tu fica, viu, fela da puta, viu? Tu vai e tu fica." - eu ficava, meu amigo ia.
Eu nem tinha atinado pra situação, só quando o cabra da bicicleta disse:
"Ei, tô falando contigo, cara, ei, tô falando contigo!" - Aí eu olhei, e vi meu amigo já atravessando a rua. "Aí, mano, só quero o celular e o dinheiro, tá ligado, só o celular e o dinheiro!" Ah, um assalto. "Tu num corre não, hein, cara! Num corre não, senão eu atiro nele, hein, num corre não!"
Ele tinha os olhos arregalados e ofegantes. Resignado, já havia enfiado a mão no bolso pra entregar o celular, quando dei uma bisoiada nas vestes do meu assaltante: camisa de time, calção apertado e preto; uma das mãos apontando pra mim, a outra no guidom da bicicleta. Aparentemente, sem nenhuma saliência que escondesse uma arma. Sem a menor vontade de entregar meus haveres a outrem, indaguei, todo-me-tremendo:
"Cadê essa arma, cara?"
Ele parou um momento. E disse:
"Pode ir, cara! Foi só um aviso, viu, playboyzim! Vai lá, vai! Te pego depois, fela da puta!"
E eu fui-me, de volta para casa. De celular e com o um real na carteira.
"Tu vai, tu fica, viu, fela da puta, viu? Tu vai e tu fica." - eu ficava, meu amigo ia.
Eu nem tinha atinado pra situação, só quando o cabra da bicicleta disse:
"Ei, tô falando contigo, cara, ei, tô falando contigo!" - Aí eu olhei, e vi meu amigo já atravessando a rua. "Aí, mano, só quero o celular e o dinheiro, tá ligado, só o celular e o dinheiro!" Ah, um assalto. "Tu num corre não, hein, cara! Num corre não, senão eu atiro nele, hein, num corre não!"
Ele tinha os olhos arregalados e ofegantes. Resignado, já havia enfiado a mão no bolso pra entregar o celular, quando dei uma bisoiada nas vestes do meu assaltante: camisa de time, calção apertado e preto; uma das mãos apontando pra mim, a outra no guidom da bicicleta. Aparentemente, sem nenhuma saliência que escondesse uma arma. Sem a menor vontade de entregar meus haveres a outrem, indaguei, todo-me-tremendo:
"Cadê essa arma, cara?"
Ele parou um momento. E disse:
"Pode ir, cara! Foi só um aviso, viu, playboyzim! Vai lá, vai! Te pego depois, fela da puta!"
E eu fui-me, de volta para casa. De celular e com o um real na carteira.
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