30.11.05

Nós

Nós somos somente isto, acima de tudo e nada mais: os mecânicos da língua. Não adianta espernear.

28.11.05

O Drummond entendeu

Quero

Quero que todos os dias do ano
todos os dias da vida
de meia em meia hora
de 5 em 5 minutos
me digas: Eu te amo.

Ouvindo-te dizer: Eu te amo,
creio, no momento, que sou amado.
No momento anterior
e no seguinte,
como sabê-lo?

Quero que me repitas até a exaustão
que me amas que me amas que me amas.
Do contrário evapora-se a amação
pois ao não dizer: Eu te amo,
desmentes
apagas
teu amor por mim.

Exijo de ti o perene comunicado.
Não exijo senão isto,
isto sempre, isto cada vez mais.
Quero ser amado por e em tua palavra
nem sei de outra maneira a não ser esta
de reconhecer o dom amoroso,
a perfeita maneira de saber-se amado:
amor na raiz da palavra
e na sua emissão,
amor
saltando da língua nacional,
amor
feito som
vibração espacial.

No momento em que não me dizes:
Eu te amo,
inexoravelmente sei
que deixaste de amar-me,
que nunca me amastes antes.

Se não me disseres urgente repetido
Eu te amoamoamoamoamo,
verdade fulminante que acabas de desentranhar,
eu me precipito no caos,
essa coleção de objetos de não-amor.

Carlos Drummond de Andrade

Sei que já disse que era do Drummond, mas esse nome do poeta é coisa linda de deus.

27.11.05

Meu porquê da monogamia

Diz que que ela voltava com o ex, mas não terminava comigo, certo ? Daí, só ficava mais ele, mas ambos éramos namorados seus, em teoria. Só sei que, numa certa hora, chegava eu no quarto e perguntava:

- Oi, bebê.
- Oi...A gente já tá saindo pra beber vinho e whisky.
- Que que vocês tavam fazendo ?
- Não, a gente tava debaixo das cobertas.
- Ah, tá bom.

E hoje ainda amanheceu chovendo: casamento da raposa.

25.11.05

Deculpem pela preguiça

Leiam o poema abaixo, mas saibam que não tive saco de remoê-lo e melhorá-lo. Não estou com saco para trabalhar tristezas minhas que não nascem em mim, mas se originam em eu.

[]'s

Quando bebê, quando eu

Tem algumas luzes de natal pela cidade, mas isso não importa.
Tem alguns carros parando, parados no meio da rua,

mas isso não importa.

E existem aqueles que não acreditam em deus, mas isso
não importa.
Aqueles que supõem a vida como uma brincadeira de mau gosto, mas
isso também não
importa.

O que importa ?
Aquela lágrima, o silêncio e o motivo.

Canto as minhas angústias, minhas tristezas, meus cálculos, minhas teorias.
Canto aquilo que possuo, canto meu destino
...canto meu amor.
Não canto somente porque o amanhã vai chegar:
canto porque acredito no destino que vem de dentro,
porque acredito em Rainer Rilke,
porque acredito em Rubem Alves,
porque acredito na solidão,
na interação, nas ideologias, na intuição,
na subjetividade.

Acima de tudo, conheço minha prioridade: canto porque acredito.
E por causa daquelas melenas que derramaram um poço de angústia
dentro do meu. Da minha.

24.11.05

Uma citação

Quanto mais estivermos pacientes, silenciosos e entregues à nossa mágoa, tanto mais profunda e imperturbável entra a novidade em nós, tanto melhor a conquistamos, tanto mais ela se tornará nosso destino e quando, num dia ulterior, vier a "acontecer" - isto é, quando sair de nós para se chegar a outros -, senti-la-emos familiar e próxima.

Rainer Maria Rilke

Uma coisa só que aprendi

De noite, as palavras acordam.

Infelizmente existe final de semana.
Todo dia deveria ser amor.
Amor é um só.
Estar só é uma dádiva para poucos.
São os poucos que nos dão muito.
O muito está na natureza.
Eu estou tentando me voltar para a natureza, viu, Rilke ?

A angústia, descobri-a dentro do meu coração, mais sólida que nunca.
Interpretação é tudo.
Por isso que estou me voltando para as coisas que importam, pois elas que importam, dentro do meu coração.

As palavras não chegam no meu coração.
E é daí que vem a poesia.
Não sou capaz de escrever poesia.
Posso interpretar poesia.
Minha poesia é sem palavras. Está nos silêncios.
Nos interstícios.
Na música.
Na noite.

Tenho que adormecer e sonhar meu coração.
Porque é de noite que todas as palavras acordam.

23.11.05

e eu odeio me sentir inútil, no termo mais utilitarista possível.

Sobre as desculpas, notei que é um baita egoísmo pedir a alguém para tirar a culpa do seu ombro. Mas não gosto de estar certo quando o assunto sou eu.

(não sei porque os parênteses: me parecem necessários)
(when you get what you want but not what you need)
(infelizmente, eu preciso de um abraço do meu bebê 24 horas por dia)
(eu sou um bebê)
(será que quando alguém chora e encolhe as pernas pra perto do peito, é porque quer voltar pra dentro do útero da mãe ?)
(hoje eu conheci a Irandé Antunes. Gente fina.)
(as falas dentro desses parênteses são minhas frustrações.)
(quanto mais eu leio sobre psicanálise, mais triste eu me fico)
(mas mais eu conheço sobre mim e sobre os outros...ou o Outro)
(Kramer x Kramer)
(acho que vou parar de colocar tantas frases intercaladas com aqueles dois tracinhos)
(não sei mais se quero ser entendido)
(eu não quero mais fazer faculdade de letras)
(eu ainda preciso de um abraço)
(eu queria estar dormindo)
(não quero mais ter sonhos ruins)
(blé)
(a fricativa chê do meu ânus é uma variante do vai-tomar-no-tchia de Cametá)
(já falei que não quero mais fazer letras)
(e do abraço ?)
(Eu vi um filme do Woody Allen: Trapaceiros ou Small Time Crooks)
(eu decidi que quero fazer mestrado em lingüística textual na UECE e faculdade de filosofia ao mesmo tempo, depois de terminar o cu-rso)

São várias suspiros: toda palavra é crueldade: nenhuma me deixa dizer como é estar triste assim Eleanorrigbyamente. Nem gesticular pra dizer como foi a emoção inominável de conhecer a poderosíssima Irandé Antunes.

Mais importante de tudo, porque me considero uma pessoa que sabe sua prioridade:

(tomara que meu bb tenha ouvido eu dar ciao pra ela)

20.11.05

http://www.leomartins.com

Calendário semanal

Amanhã haverá prova de fonologia do português.
Dois dias depois, prova de morfossintaxe
e dois dias depois, de sociolingüística.

Tinha algo muito bom para colocar aqui.

Tenho que voltar a escrever com mais freqüência: porque sim. Sinto falta das sílabas. Estou com abuso do meu curso de letras, com abuso das letras, dos professores, enfim. Mas as palavras, estas quero-as bem, muito bem. É quase amor (amor mesmo só pro meu bebê), e eu sinto como esse amor não me fosse mais tão necessário.

E isso é um crime. Creio junto com o Rainer Rilke: "basta achar que se pode passar sem escrever uma única vez para não ter mais o direito de fazê-lo."

As palavras me raptam, e o cativeiro é eterno, como de todo bom poeta. Não quero escapar da poesia ou do amor, e meu curso de letras está vestindo minhas palavras com teorias cinzas, idiotas e malcheirosas. Onde estão os lindos e macios seios das dissílabas ? Céus, o que aconteceu com o pescoço cheiroso das proparoxítonas ? Acredito na lingüística e minha crença na ciência está mais dilacerada que um McGould na casa dum Bullock, mas as palavras é antes de tudo poesia, meu caro. E se a ciência não se dá com a poesia por isso ou por assado, o problema não é da poesia mas de jeito maneira.

[]'s curtos, por voltarei num segundo.

16.11.05

Este lado para cima.

A marca da fase anal-retentiva, a segunda, é ao contrário uma espécie de cautela excessiva, timidez, respeitoso temor por ordens e hierarquia, meticulosamente exagerada.

Dito assim, parecerá talvez que se trate de doenças. Não. São feitios de caráter normais, ou quase, onde os desvalores apontados comportam igualmente certas boas qualidades.

Fábio Herrmann, O que é psicanálise, Abril Cultural/Brasiliense, 1983

Tenho e tive problemas na fase anal-retentiva, está comprovado. Seguro bosta como ninguém: literalmente e socialmente falando. Não sou doente: me chamaria de inseguro. Chamei-me de covarde e continuo com minha convicção de que sou covarde. Meu ego é frágil. Tenham cuidado comigo, por favor.

E eu tenho consciência de que todo pedido é egoísta. Mas tenho de fazê-lo, desculpe-me.

[]'s

15.11.05

Mas chega de falar de mim

Falando sobre o narcisismo.

Existe o primário e o secundário, mas isso não é o mais importante.

Seguinte:

partindo do princípio de que somos receptáculos de energia,
e de que esta energia nos a colocamos nas coisas que nós gostamos,
e de que esta energia é finita,
e de que ela se origina de dentro da nossa cabeça,
e de que a nossa cabeça é subdivida em regiões,
e de que estas regiões são duas: o eu e o isso,
e de que é o isso que bombeia libido - a tal energia - pro eu,
e de que essa energia libidinal é bombeada por um motivo: para ser colocada em coisas das quais o eu goste,
e de que o eu não nasce completamente desenvolvido - nasce como um bebê, completamente indefeso e que precisa de cuidados e atenção,
e de que o eu, depois que fica com uma boa quantidade de energia, coloca essa energia nas coisas de que ele gosta,
e de que essa energia colocada nas coisas gostadas tem de voltar pro eu, porque ele cresceu e precisa dessa energia para colocar em outras coisas gostadas,
e de que o isso agora irá mandar libido para o eu por outro motivo: para que essa libido fique no eu, se acumulando,

partindo desses princípios, entendo o narcisismo como sendo esse acúmulo de energia no eu.

Metáfora:

Imagine que, todo dia, a tua mãe te desse dinheiro pra tu voltar de ônibus do colégio. Pois bem, depois que você fica grandinho e sabe, mais ou menos, o que quer da vida, ela decide fazer uma poupança pra você. E pára com o dinheiro do ônibus. Pois bem, todo o vosso dinheiro agora está se acumulando na conta da poupança - que é sua, mas quem fez foi sua mãe.

Isso tudo psicanaliticamente falando.

[]'s

13.11.05

Sobre o futuro

Falo do meu, não de outrem. Mas que não lhe seja, leitor, privado de me tomar como padrão para sua vida, o que não recomendo. Sugestões para outros, imperativos para mim: objetivo encontrar direções para minha vida intelectual e acadêmica. Não se engane: estou inventando a medida que escrevo, não refleti sobre a questão anteriormente, a não ser por este ponto:

Vou terminar meu curso de merda de letras.

Sim: quero ser professor de português. Se me é necessário ter o fucking diploma para entrar na sala, que seja: terei o diploma, não terei o curso. Pois as letras, as minhas pelo menos, não ensinam porra nenhuma. Ou o conhecimento não me é relevante, nem válido.

Isso está decidido na minha cabeça, depois de muita elucubração. Vou terminar o curso de letras. O depois é o busílis. Que fazer ?

A primeira vista, decidi nem sair da UECE e entrar nas aulas de filosofia, mas o chamado do mestrado, tão valorizado no mercado educacional, me é forte também.

Depois de pensar sobre, vi que um mestrado nas letras me seria impossível de fazer: matar-me-ia antes de terminá-lo. Um pé nas bolas, deus me livre. Talvez um em lingüística aplicada, para ter o dulcíssimo prazer de uma aula com a Irandé Antunes. Talvez, sim. Mas é-me muito mais atraente uma pós em filosofia. Não sei a quantas pernas - bambas, presumo - anda o mestrado filosófico em Fortaleza, mas definitivamente filosofia; não letras. Ou até em educação, mas está parece-me mais prazerosa estudar sozinho, com os amigos.

E me vem à cabeça a psicanálise. Céus, alguém coloque rédeas no meu cérebro !

Um pensamento, último, não meu, sobre o conhecimento, que me norteia em minha querela particular.

Sapientia: nenhum poder,
Um pouco de saber,
o máximo de sabor...

Roland Barthes

9.11.05

Longo.

(estou no curso errado)

Toda essa minha inquietação é porque não aguento mais meu curso, ou minha faculdade.

Mas gosto das pessoas. Elas são legais.

O prédio, contudo, me lembra um presídio, os professores se perdem em questões irrelevantes. Ou não questionam coisa alguma.

Não entendo, sinceramente as palavras que aparentemente se deslocam para fora da boca do meu professor de morfossintaxe. E hoje ele pediu-nos para redigir sobre o mistério. Não fiz um texto de acordo com as normas acadêmicas, e eu ficaria preocupado, caso tal texto contasse como nota. Não contará, graças.

A cada dia que passa, entendo mais a relevância da forma do texto. Seria este o sentimento que o Olavo Bilac tinha quando decidiu escrever como escrevia ? Eu redijo estas palavras neste blog, mas morro de medo de ser interpretado negativamente. Sim, porque positivamente, todo comentário é válido.

Minha maior frustração - exagero; mas sem dúvida ocupa uma posição no Top 5 - é não saber me expressar claramente. Além de não conseguir entender textos filosóficos, justamente por esta minha burreza de cabeça de bagre. Desisti de ler "O Sofrimento Humano", do Sören Kierkegaard, por não entender o que ele falava quando dizia que o ser humano é a relação voltando-se para si mesma, em sua análise enquanto um sistema dialético ciente de sua existência, mas não só desta; ciente de que só existe enquanto relação de relação.

Ou algo assim, mas definitivamente não estava escrito desse jeito. Eu que passei para vocês como eu percebi o texto. E isso tudo nas primeiras três páginas.

Desisti também, hoje, do "Além do Bem e do Mal", do Niezsche. Novamente, por não entender o que seria uma "coisa em si" - apesar de ouvir várias vezes essa expressão na faculdade - e como ela seria uma contradição da nossa sociedade neoplatônica, que não é neo coisa nenhuma, é só platônica: aliás, nem platônica é, pois o Platão era um filho de uma gaita.

Contudo, o Nietzsche não é tão ignorante quanto eu achava que fosse; é, contudo, bem mais complicado do que eu pensava. "O Anticristo", outro livro que tenho dele, e que li inteiro, mas não entendi, é bem mais simples: consegui terminá-lo, ao menos. Entendê-lo são outros quinhentos.

A culpa, admito, é minha, por ter escolhido um curso tão chato. Um amigo meu do curso de Ciências Sociais - Paulo Massey, fantástico intelectual - disse-me, certa vez, que meu curso estava me limitando.

Com certeza. Mais do que certo.

Durante meu ócio criativo de hoje à tarde, percebi que entenderia Nietzche se estivesse fazendo uma cadeira de História da Filosofia, ou então se pudesse compará-lo com algum sociólogo em alguma cadeira das Ciências Sociais. Que me fossem dados os conceitos básicos, pelo menos.

Percebi, para meu sincero e profundo desespero, que o curso de letras é irrelevante.

Não me serve, não gosto dele, ele não gosta de mim, nos odiamos, somos incompatíveis.

Odeio os professores,
odeio a imagem do curso,
odeio a imagem que tenho por ser das letras,
odeio ter de me adequar as ubíquas "normas acadêmicas",
odeio ter de "escrever como se o leitor não soubesse de nada."

Sinto saudades da Jesus. Como sobreviver a um semestre em que não se espera por nenhuma cadeira ? Sabe aquela aflição, aquela ansiedade de "amanhã é aula do fulano ! Graças a deus, finalmente", sabe ? Pois é: neste semestre, ela fugiu da minha pessoa, escondeu-se nos cafundós do meu inconsciente e ficou por lá, plantando bananeiras e eucaliptos.

Achei milhares de livros do Paulo Freire aqui em casa, mas tenho de ler os textos de literatura comparada, de fonologia, de morfossintaxe - que nunca peguei, desde o começo do semestre - de sociolinguística - que há uma trabalho de campo para se fazer, e eu ainda não achei quem pudesse ser minha entrevistada.

Achei um livro que o Rubem Alves cita no "Conversas com quem gosta de ensinar". Do C. Wright Mills, é o "A Imaginação Sociológica". Depois de também desistir de ler a "Pedagogia do Oprimido", por pura fraqueza de espírito mesmo, fui dar uma olhada no índice: para aumento de minha tristeza, pareceu-me um curso de introdução às ciências sociais. Fechei o livro.

O Rainer Maria Rilke diz para gente olhar para dentro de si e fazer uma obervação: não uma análise, mas sentir o que nos faz bem, sobre o que podemos falar, o que nos faz felizes. Uma aula de poesia, uma aula de vida. Claro que ele não se expressa com essas palavras. Infelizmente, também não tenho coragem de terminar o livro - que é minúsculo.

Ah, e minha última frustração: jurei que não compraria mais livros além dos acadêmicos pedidos pelos professores. Traí-me: comprei o "Além do bem e do mal", que desisti de ler no mesmo dia.

Teria um colapso nervoso se não houvesse uma bebê na minha vida.

[]'s a quem leu o post e ouviu minhas inquietações pouco lógicas e desorganizadas.

4.11.05

Fotografia

Luz escrita e guardada na moldura.

Dois:
Ela, de melenas contra o meu rosto,
olhos curvos, sorriso largo, alegre verdadeiro.
Eu, de óculos arregalados: meus olhos não enxergam.
Fazendo careta, costume infatil e necessário,
porque não quero crescer.
Deus me livre.

Minha dona: tão bom pertecencer àlguém.

O amor é degustado como um pratão de um quilo,
daqueles que o meu pai pesa quando vai comer fora.
Muito amor, muitos meus:
pela união da primeira pessoa,
contra a dicotomia do nós, do plural,
muitos meus se amostram, se falam,
registram, até na foto-grafia,
o amor que é único porque é de dois em dois.
Ele anda de mãos dadas consigo mesmo,
e nós todos somos marias
que seguimo-lo, cegamente - de outro jeito não presta.

Amor é dois, é único, é universal.
Amor não é só um, só dois.

(é só uma)

Amor não tem forma só-um:
tem forma só-várias.
Amor é que eu quiser que seja;
é como nós vemos.

Desculpa, Bandeira,
mas alma ama, sim.
Essas janelinhas, elas é o amar quem abre,
e aí pronto.

O amor está nos olhos de quem vê.
E a foto-grafia, embora presa pela moldura,
foi escrita com libertas, harmoniosas rimadas de luz,
e só de ver o rosto do meu bebê,
já dá vontade de sorrir e mostrar os dentões.

Porque amar é olhar.

Sobre aquela propaganda

Sabe aquela que tá passando agora; da mulher falando do amor. Ela até fala hedonismo e ouras coisas massa. Quero o que ela fala: é lindo e verdadeiro.

3.11.05

Vou postar intermitentemente aqui

Sacrificar a quantidade pela qualidade. Não é uma troca tão horrenda assim.

[]'s

1.11.05

Sem paciência

Esse semestre eu tô muito sem paciência.

Não tô com saco de comprar livro. Nem de começar a ler outros diferentes do que estou lendo. Estou sem base teórica ou bibliográfica. Não tenho um mentor. Só tenho indicações de amigos. Tenho que terminar de ler os que eu comecei e cheguei no meio. Tenho que ler os textos de literatura comparada - que, infelizmente, não acrescentam nada na minha vida - e de literatura brasileira: conto: esses são mais fáceis porque são literários, não teóricos. Mas ainda assim, eu não aguento mais ler Machado.

E eu parei de comprar livros. Não compro mais livros esse semestre. Só os que os fessores mandarem. Pelo menos, eu acho que comprei todos da bibliografia da Jesus, o que já é bastante coisa.

Nada a acrescentar na vida do pobre leitor: só mero desabafo contido. Que este post seja ignorado. Amém.