31.8.05

Nonagésimo Nono - Do Meu Dia.

Fiz a restauração dos meus dentes. Tirei o tártaro dum dente lá de trás. Vi o meu amor. Peguei minha carteira de estudante de volta. Entreguei a carta pro meu amor. Baixei o "Balls To Picasso", do Bruce Dickinson todim. Ah, e tomei o ovomaltine do Bob's. At last. Tardo, mas não falho.

Beijos.

30.8.05

Nonagésimo Oitavo - Das Roupas.

Não posso, terminantemente, de maneira nenhuma, sair de casa - aliás, nem em casa mesmo - vestir alguma roupa clara. Não sou eu. Me sinto mal, descolado dentro do meu corpo, é nojento. Deus me livre. Nunca mais coloco uma camisa azul clara e um calção marrom.

Ah, e calções também não são comigo. Prefiro calças longas e sapatos. Por mim, eu andava todo fechado. E com o cabelo arrumado. E a barba tirada.

Tenho que mudar meu perfil no orkut. Lá tem "Aparência: atraente." Onde, céus, eu estava com a cabeça ?

29.8.05

Nonagésimo Sétimo - Pelo Prazer Das Epígrafes.

Todas do meu xará, Caio Fernando Abreu.

"Sexo é na cabeça: você não consegue nunca. Sexo é só na imaginação. Você goza com aquilo que imagina que te dá o gozo, não com uma pessoa real, entendeu? Você goza sempre com o que tá na sua cabeça, não com quem tá na cama. Sexo é mentira, sexo é loucura, sexo é sozinho, boy."

"Todo esse pessoal da preto e cabelo arrepiadinho sorri pra você porque você é igual a eles. Se pintar uma festa, te dão um toque, mesmo sem te conhecer. Isso é rodar na roda, meu bem."

"Essa roda girando girando sem parar. Olha bem: quem roda nela? As mocinhas que querem casar, os mocinhos a fim de grana pra comprar um carro, os executivozinhos a fim de poder e dólares, os casais de saco cheio um do outro, mas segurando umas. Estar fora da roda é não segurar nenhuma, não querer nada."

"A gente teve uma hora que parecia que ia dar certo. Ia dar, ia dar. sabe quando vai dar? Pra vocês, nem isso. A gente teve a ilusão, mas vocês chegaram depois que mataram a ilusão da gente. Tava tudo morto quando você nasceu, boy, e eu já era puta velha."

"Dá minha jaqueta, boy, que faz um puta frio lá fora e quando chega essa hora da noite eu me desencanto. Viro outra vez aquilo que sou todo dia, fechada sozinha perdida no meu quarto, longe da roda e de tudo: uma criança assustada."

http://caio.itgo.com/

Nonagésimo Sexto - Faça O Que Eu Digo, Não Faça O Que Eu Faço.

Lembrem-se, crianças:

"Antes de P e B, usem sempre M."

Nonagésimo Quinto - Deles.

Deve funcionar desse jeito: quem tem muitos amigos...Hum...

Eu simplesmente não entendo as pessoas que tem muitos amigos.

Eu tenho poucos. Deve ser a minha preguiça de socializar. Tenho menos ainda o que me veriam chorando. Menos ainda os que eu permitiria me verem chorando.

Reclamo para muitos. Me importo de reclamar para poucos. Fico de triste de reclamar para menos ainda.

Eu tenho amigos que gostam de mim. Tenho amigos com o senso de humor parecido com o meu. Tem outros que riem de coisas que eu não entendo. Tem outros que contam piadas muito grandes. Tem alguns que eu gosto de só ouvir ele falando e me deliciar, como um sorvete da Kibon.

Tem amigos que eu gosto de ter por perto. Tem amigos que eu faço questão que estejam comigo em alguns lugares. Somente um eu quero todo tempo, o tempo todo.

Não tenho irmãos de sangue. Cresci com meus primos. São meus irmãos. Não sei muita coisa sobre a vida dos meus amigos ou dos meus irmãos. Nem faço questão. Deveria fazer, mas - novamente - bate a minha preguiça de socialização. Isso já fechou e ainda vai fechar muitas portas pra mim.

Eu fico muito triste em não ter conhecido alguns amigos antes. Muito triste mesmo. São pessoas fantásticas, meu deus do céu e heaven ! Tem gente que merece ser amigo de todo mundo ! E deve ! Eu sou pessoa de poucos amigos: sou egocêntrico, sou sério, não sei conversar, não faço questão de conversar, gosto de silêncio, gosto de ler, gosto de escrever - tudo atividades solitárias. Gosto de acordar cedo, não faço questão de me alimentar bem, tenho cintura de mulher, beijo meus amigos, abraço eles - os que gostam e deixam - faço massagens horríveis, não sei dar conselhos e se começar a falar de mim, desenbesto, como agora. Desculpem.

Eu quero meus amigos, poucos. Se forem muitos, não vou saber organizá-los. Quero todos dentro da minha vida, que não é lá essas coisas de complicada. O nó tá em mim.

"O inferno são os outros."

Jean-Paul Sartre

São não, João. São não: São a gente. Eu e tu. Admite logo, daí mesmo do Além.

Beijos.

Nonagésimo Quarto - Por Mim, Eu Vivia Deitado Numa Rede.

Sempre que o escritor não tem nada para dizer, ele faz um metatexto.

Mas nem isso eu tô com saco de fazer.

Por mim, eu vivia de amor. Passava o dia no ócio, nem filosofar eu filosofava. Num estudava - só linguística textual - num fazia poesia: preguiça de escrever.

Eu queria viver numa rede, na praia. Na minha praia, é sempre de noite e o mar tá todo tempo tempo quebrando lá looonge. E o vento quando em vez sopra a rede pra lá e pra cá. E eu empurro com a ponta do pé o chão pra me balançar. Balançar eu e meu amor dentro da rede.

Não pode faltar o meu amor, óbvio: está mais do que implícito. É uma qualidade latente do meu ser já. Um dos pontos mais sub-reptícios da minha existência é meu amor e o meu amor.

Tem água potável - gelada e misturada - tem comida saudável, tem um bocado de porcaria pra comer. Tem amigos. Tem areia. Tem bebês fazendo caretas legais. Tem poetas, mas não sei se teria coragem suficiente pra apanhar algum escrito e ler: prefiro amar. Por mim, vivia de amor.
Por mim, vivia só eu e meu amor, vivendo de amor.

So good to be in love.
So good to love someone.
So good to be loved.
So good to just love.

28.8.05

Nonagésimo Terceiro - So Lick My Butt And Suck On My Balls !

McDonald's, fuck yeah !
Wal-Mart, fuck yeah !
The Gap, fuck yeah !
Baseball, fuck yeah !
NFL, fuck yeah !
Rock And Roll, fuck yeah !
The Internet, fuck yeah !
Slavery, fuck yeah !
Starbuck, fuck yeah !
Disneyworld, fuck yeah !
Porno, fuck yeah !
Valium, fuck yeah !
Reeboks, fuck yeah !
Fake Tits, fuck yeah !
Sushi, fuck yeah !
Taco Bell, fuck yeah !
Rodeos, fuck yeah !
Bed Bath And Beyond, fuck yeah !
Liberty, fuck yeah !
White Slips, fuck yeah !
The Alamo, fuck yeah !
Band-aids, fuck yeah !
Las Vegas, fuck yeah !
Christmas, fuck yeah !
Immigrants, fuck yeah !
Poppeye, fuck yeah !
Democrats, fuck yeah !
Republicans, fuck yeah !

27.8.05

Nonagésimo Segundo - Artur Eduardo Benevides.

É oficial: estou viciado no poeta nordestino do título. Bicho fuderônico de mais de bom de metro. Ó só a terceira parte - minha preferida até agora - do "Da Poesia" dele.

"3.

Todo poema é triste. E sobreexiste
para que os plenilúnios banhem os infortúnios
e Dionisos recrie perdidos paraísos
ou o inesperado
não doa qual visão da sombra do enforcado."

A poesia prepara a gente pra vida.
A poesia conforta a vida da gente.
A poesia ativa o nosso conhecimento declarativo, e lembre a gente daquilo que ainda não foi.

Besos.

Nonagésimo Primeiro - Fala, Garcia Lorca.

Diz que chegaram pro Federico Garcia Lorca - que eu ainda nunca li - e pediram pra ele falar de poesia. Ele estendeu as duas mãos abertas e soltou:

"Yo no puedo, yo no sé hablar sobre poesia.
Yo la tengo aqui en mis manos, sé que está
Quemando mi piel, pero no lo sé o que és."

Nonagésimo - Das Comunidades No Orkut.

Saí de um mói das minhas comunidades no orkut. Sou uma pessoa organizada.

Se deus deixar, vou ser um excelente professor de português.
Se o meu amor deixar, vou continuar amando o meu amor.

Beijos, peoples.
Beijos.

25.8.05

Octogésimo Nono - Bem Me Queres.

O Drummond falou da terra dele. Sei pra quê. Num gosto nem um pouco da minha cidade, nem do meu estado, nem do meu país.

O povo é gente fina.

.^.^.

Ah ! E Caio = Poetry, music and some laughs.

24.8.05

Octogésimo Oitavo - Me Perdoem.

Desculpem, eu não sei o que faço reclamando, tendo alguém pra me abraçar. Desculpem.

Octogésimo Sexto - Sai De Mim, Eu Mesmo.

Eu não quero mais eu mesmo.
Eu quero uma lágrima, mas não a minha.
Eu quero um desejo, mas não o meu.
Eu quero uma música, mas não sobre mim.
Eu não me quero mais.
Eu me conformo.
Eu me resigno.
Eu só falo de mim.
Eu só falo daquilo que eu sei.
Eu sou covarde.
Não me quero mais. Não pra mim.
Não me desejo pra ninguém.
Deus me livre de mim.
Por favor.

Octogésimo Quinto - Saiam, Saiam ! Corram ! Salvem Suas Almas !

Eu não sei pra quê eu escrevo. Perder tempo me lendo e perder o tempo - pouco tempo - que se tem pra ler o Pessoa, o Rubem Alves, o Airton Monte, a Cecilinha, o Drummond, a Hilda Hilst, o Soares Feitosa, o Manoel - Manel ! - Bandeira, meu povo.

Parem de me ler, por obséquio. Para o bem de vocês. Vão fazer algo com as suas vistas, melhor que gastar em mim que não falo de amor como o Drummond, que não tenho a poesia didática do Rubem Alves, que não tenho o leveza do Airton Monte, não tenho a habilidade poética nem o exercício da prática de nenhum deles. Não sou poeta, acima de tudo. Só quero ser. Não tenho qualquer coisa da Hilda em mim, não tenho os maravilhosos surtos de inspiração do Soares e não vou nem falar do Manoel. Nem do Pessoa.

Deus livre vocês das minhas palavras. Deus sabe que não vou parar de escrever aqui: corro perigo de surtar ou ter um AVC, que deus me livre. Então corram, meus caros, corram, vocês que me lêem ! Corram para os garanhões ! Não precisam de um jumento batizado quando se tem um cavalo de corrida profissional, bem tratado, de raça, bons dentes !

Por tudo que é mais sagrado ! Ainda estás aqui, criatura ! Vai-te embora ! Vai de ré ! Vai ler, vai estudar, vai ver um filme, vai se masturbar, vai masturbar alguém, vai transar, vai fumar, vai beber, vai usar drogas, vai fazer um fanzine, vai acreditar em ti que é o melhor que tu faz ! Subescrita deve morrer ilegida. E eu nem sei se essa palavra existe.

Octogésimo Quarto - Dos Meus Desejos.

Eu não quero mais minha
angústia
que eu não sei de onde vem.

Eu quero a minha saudade - aquela ausência que está em mim.
Eu sei de onde ela vem,
E dou graças aos céus por ter
saudade
e ser capaz de sentir
saudade.

Eu não quero minha raiva: dá úlcera.
Eu não quero fazer prova: quem precisa saber se eu sei sou somente eu mesmo.

Eu quero não precisar reclamar: ouvido dos outros não é penico pra eu urinar minhas reclamações.

Eu quero um abraço.
Bem fortão.
Pra apertar pra fora a minha angústia besta.

Eu quero escrever poesia,
Mas não poesia pra extravasar.
Verbalizar minhas preocupações eu verbalizo em outro canto.
A minha poesia eu quero que seja
boa e gostosa
De ler.
Como é a do Rubem Alves,
Do Drummond,
Do Pessoa e
Da Cecilinha.
E ainda o Airton Monte.
Eu quero tanta coisa, meu deus.
Tanta coisa.
Não queria querer tanta coisa,
Desejar demais é viver de menos, infelizmente.
Olha aí: melancolia já apareceu.
Esquece isso: desejar demais é ter motivos para viver.
E viver é
Bom.
Bom demais.
Os mortos que me perdoem,
Mas viveza é essencial.
E poesia idem.

Octogésimo Terceiro - Conclusões.

Eu odeio a UECE.
Eu odeio os professores da UECE, menos a Jesus.
Eu odeio a administração da UECE.
Eu odeio a administração do CH.
Eu odeio meu curso de Letras.
Eu odeio quem cagou o pau no meu curso de Letras.
Eu odeio quem diz que o meu curso de Letras é bom.
Eu odeio a coordenação do meu curso de Letras.
Eu odeio quem gosta do meu curso de Letras.
Eu sempre vou levar uma marca de ódio, cólera e ressentimento pela Teoria da Literatura.
Eu sempre vou sentir o mais belo e profundo ódio pelo meu professor de Teoria da Literatura.

Enfim, eu devia ter feito UFC.
E eu odeio quem me diz que me avisou.

Vão todos se fuderem e me deixem só com meus botões e meu amor. Tudo que me importa. Ah, e deus também.

23.8.05

Octogésimo Segundo - Prostituta Linguística.

Puta que porra. Vou ter que me transvestir de prostituta linguística pra passar. Vão se fuder todos os fukcing professores universitários.

Eat my shit.

01. Conceito de "mimese" em Platão e Aristóteles.

Aí, pegando TUDO que os dois filósofos falaram sobre a mimese - segundo o professor que não sabe NADA de filosofia - Platão falou sobre seu conceito que dividia o universo em mundo sensível e mundo das idéias. Este mundo das idéias é onde estavam os ARQUÉTIPOS - termo JUNGIANO, PEOPLE ! PLATÃO NUNCA FALOU EM ARQUÉTIPOS ! - que seriam os objetos reais, enquanto que, no mundo sensível, existiriam apenas as imagens falsas, as projeções, como num espelho. As imitações das verdadeiras coisas do mundo das idéias. Platão falou - again, segundo o professor que é burro e não sabe ensinar - que a Arte é uma mentira, porque ela é imitação das imitações do mundo das idéias.

Aristóteles, ao contrário, dizia que o artista, através de uma técnica, representava, e não imitava, a realidade. O filósofo, além deste conceito de mimese, trabalhou com a idéia de catarse. Compreendia-a como a purgação, a limpeza da alma, após o sujeito ter ido ao teatro e assistido uma peça trágica, onde ele sentia medo - pelo que acontecia no palco, pelas situações temerosas que se apresentavam - e alívio, já que podia ver seus sentimentos serem externalizados pelos atores. A catarse seria esse alívio, que seria uma das características do pensamento aristotélico.

Pronto. Falei, falei e não disse nada. "Falou em Aristóteles, você tem que falar em catarse !" Vá se foder, porra ! A questão não pede isso !

Affe, tenho paciência de postar as outras respostas não. Vá se foder.

E LEITOR DÁ SENTIDO AO FUCKING TEXTO, PORRA ! VAI LER UM LIVRO INTEIRO !

Octogésimo Primeiro - Algo De Eu.

Mais uma coisa sobre mim: sou consistente e gosto de ler cartas.

Beijos.

21.8.05

Octogésimo - Me Desculpem.

Eu nunca comi/bebi Ovomaltine.
Nem sabia que isso existia.

O que é, afinal ? É tipo um mousse ? É assim que se escreve múci ?

Num sei onde vende.
Sei que tem gosto de chocolate.

Septuagésimo Nono - Poeta Criança.

A poesia não pode ser levada a sério. Agora eu me toquei. O Drummond falava que ela tinha que ser trabalhada. Sim, mas não levada a sério. Você não vai se matar pela poesia.

Aliás, até vai. É uma forma - uma das grandes - de expressar seu amor por algo: dar sua vida. Morrer por um ideal é muito bonito, ainda mais se for pra morrer pela poesia.

Mas poesia não é trabalho. Poesia não se paga pra fazer, poeta não é proletariado, o trabalho não é alienado. Deus nos livre e guarde de ser ! Deus me livre de algum dia receber pra fazer poesia ! Receber pela poesia, tudo bem. Dinheiro é dinheiro. Agora, receber para produzir poesia, nã. Me desculpe. Dinheiro não vale a minha alma.

Alma de poeta ainda. Poeta criança. Que poeta pouco.

Alma de poetisa é melhor. A mulher sempre sabe falar melhor o que o homem não sabe articular através desse sistema de signos do Saussure.

Septuagésimo Oitavo - Desisto, Senhor.

Tão ruim ficar segurando a pieguice, senhoras e senhores. Melhor estravasá-la. Mas não o farei por minhas palavras, prefiro deixar o Baleiro falar por mim.

Ah, e eu também sou um bobão nojento e piegas. A diferença é que eu não falo muito. ^^.

"Comigo

Você vai comigo aonde eu for
Você vai bem se vem comigo
Serei teu amigo e teu bem
Fica bem mas fica só comigo

Quando o sol se vai a lua amarela
Fica colada no céu cheia de estrela
Se essa lua fosse minha
Ninguém chegava perto dela
A não ser eu e você
Ah, eu pagava pra ver
Nós dois num cavalo de ogum
Nós juntos parecendo um

Na lua, na rua, na nasa, em casa
Brasa da boca de um dragão."

Zeca Baleiro

Ah, meu amor, e o poeta sem um pedaço de papel ! Lua que dá até pra ver São Jorge é bom demais !

Beijos.

Septuagésimo Sétimo - Rubem, Rubem, Meu Velho.

Vala me Cristo redentor.

Dito isto, passemos à religião. ^^.

Ah, como é bom ouvir - porque ler é dizer em voz alta o que está escrito, saiba disso - o que o Rubem Alves fala sobre o sentido da vida e esta religião nossa.

"O sentido da vida é um sentimento."

Sabe quando você está com alguém e tudo parece certo naquele instante, embora você saiba que existem problemas imediatos na sua vida ? Você sente a certeza do momento e a beleza do sentido da vida, quando ele lhe toca, com a mão da esperança.

A questão é se acreditamos nesse sentimento existencial. Claro. Pois tudo que podemos fazer é acreditar. Deus existe ? Não sei, responde o padre. Mas eu desejo muito que ele exista. Daí eu pego esse meu desejo e coloco minha vida nele. Isso é a religião. Não é ter a certeza de Deus: é sentir e acreditar nessa certeza.

Beijos.

19.8.05

Septuagésimo Sexto - Carlos e Rubens.

Não entendo o porquê do Drummond ver o amor dessa forma dele.

Ah, e Rubem Alves continua o homi. "O Que É Religião ?", dele. Fantárdigo.

17.8.05

Septuagésimo Quinto - Da Liberdade Do Pessoa.

"Toda a verdade do mundo

Tão bom ter que estudar
e ter um abraço pra não deixar."

CMR.

16.8.05

Septuagésimo Quarto - De Uma Coisa Que O Saussure Disse.

O Saussure disse um bocado de coisa. Disse que o signo é arbitrário. Disse que langue é um sistema de signos. Disse que debaixo do discurso poético existe um outro discurso, que age na cabeça do leitor.

Ele também disse que os signos se definem pelo que eles NÃO são.

Se eu digo gato, você não vai pensar num computador. Você vai pensar naquele animal peludo, felino e tal.

Por quê diabos ele disse isso ? Quer dizer que toda vez que alguém diz algo, a gente compara com todas as outras palavras que a gente conhece até chegar a conclusão de que "é, não é nenhuma dessas, então deve ser essa." ?

Yup. A gente faz isso mesmo. Não é a mente algo simplesmente filho da puta de fantástico ?

Septuagésimo Terceiro - Do Signo II.

O signo tem duas caras - como o vilão do Batman:

O significante e o significado.

A imagem acústica e o conceito. O som psíquico e a idéia.

Muito bem. Significado é bem simples, mas tem um negócio.

Existem o conceito e o referente, beleza ? Referente é o "a quem se refere."

Conceito é a idéia. Referente é o a quem essa idéia se refere. O conceito é imaterial, o referente é material.

Existe o conceito de gato e existe o a quem esse conceito de gato se refere.

Logicamente, o conceito de gato se refere ao gato animal, com quatro patas, rabo, bigodes, orelhas levantadas, corpo esguio, sobe nos muros, mia, olhos que brilham no escuro e tal e tal.

Belesma de baunilha.

Muito bem. Estas são as "propriedades" do signo. Aqueles negócios que tornam o signo diferente das outras coisas que não são signos. Aquilo que - em linguagem filosófica - "torna um signo um signo."

Em tempo, signo é sinônimo - tem o significado parecido - de "sinal", de "símbolo."

Septuagésimo Segundo - Do Signo I.

Seguinte, meu caro pupilo.

Existe um conceito, uma categoria linguística, chamada de "signo". Ele não possui existência material. Você não pode pegar no signo. Ele é "imaterial".

Agora, o signo tem um negócio chamado de "imagem acústica". Essa "imagem acústica" é uma das duas características dele - a outra é o significado do signo.

Imagem acústica: é a imagem que fazemos do som em nosso cérebro.

Ora, mas aí eu digo "Som é ouvido, não é visto ! Como ver a imagem do som ?"

O que acontece é que o signo tem um pacto com o nosso cérebro. Um pacto para tornar a nossa comunicação e a nossa linguagem mais eficientes.

Por exemplo, se eu - que nasci e vivi em Fortaleza - digo "titia" com o T chiado e o meu irmão que mora no rio Grande do Norte e foi criado lá diz "titia" com a língua pegando no céu da boca, todo mundo vai entender que nós estamos falando da mesma pessoa: a irmã da nossa mãe ou do nosso pai.

Embora a pronúncia seja diferente, a imagem acústica que nós formamos do signo "titia" permanece em nosso cérebro. Ela não é o significado, cuidado ! Significado é conceito - a quem o signo se refere - imagem acústica é som psíquico - como o som do signo se manifesta no nosso cérebro e lembra a gente do conceito associado àquele som.

Complicado, mas Linguística é legal por isso. ^^.

Septuagésimo Primeiro - Gal E Tom.

Ah, que quando tem prova eu não gosto.

Tem prova de Teoria da Literatura.
Tem prova de Semântica e Pragmática.
Tem prova de Latim.
Tem prova de Teorias Linguísticas.
Tem prova de Produção Textual em Língua Portuguesa.

Eu preciso daquele beijo do Jobim. Tem que ser beijado pela Gal Costa.

15.8.05

Septuagésimo - De ouvidos e bocas.

Seguinte.
Existem dois tipo de pessoas: os ouvidos, que ouvem; as bocas, que bocam. Quem é boca, pode ser ouvido, quem é ouvido pode bocar. Não são categorias excludentes, são categorizações dialéticas da alma.
Quem é ouvido, ouve. Ah ! E existem as vocações ! Lógico ! Tem gente que é como o Príncipe Charles e nasceu pra ser ouvido. Mas divago. Quem é ouvido - voltando - ouve. Ouve reclamações, ouve pedidos, ouve perguntas, ouve respostas, ouve comentários, ouve poesia, ouve lágrimas, ouve soluços, ouve histórias, ouve outros ouvidos. Mas ouvido é ouvido, meu caro. E não fala. Quem dá conselho é boca.
Quem boca, quem possui a habilidade/vocação para a bocagem, boca e se sente bem ao bocar. Boca, logicamente, aos ouvidos. Bem simples. Boca da vida, boca da morte, boca das entrelinhas, boca dos amores - como bocam as bocas sobre o amores, meu deus ! - bocam de desenhos, bocam da família, bocam de cachinhos, bocam das melenas. Bocam sobre outras bocas que não param de bocar. Mas não é hipocrisia. todo mundo precisa bocar aqui e ali, pelo menos. Não tem ouvido que aguente ser ouvido vinte e quatro horas, sete dias por semana - até nos fucking domingos ! Céus !
O importante é saber que existe um - ou mais - ouvido só pra você, te esperando, aguardando suas bocagens. Podem até ser escassas, mas, ah, como é bom ser boca pra quem gosta de ser ouvido, meu caro. Como é bom.

Sexagésimo Nono - Do Drummond.

Comprei uma Antologia Poética dele. Ainda não li toda, mas este é um dos melhores dele. Rubem Alves cita que dá nojo. Ó só.

Ausência

Por muito tempo achei que ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência, esse ausência assimilada,
ninguém rouba mais de mim.

Fantástico, Drummond. Absolutamente.

Sexagésimo Oitavo - Pessoa, Pessoa.

Você quer entender poesia ? Quer entender textos ? Quer entender segmentos linguísticos permeados de coerência ? Quer entender os signos semióticos ? Pois leia a "Nota Preliminar" do "Mensagem", transcrito por este escriba.
Transcrito é porra. Vou colocar o URL e você vai lá no Jornal olhar. Mais negócio. Menos dedos.

14.8.05

Sexagésimo Sétimo - A Sorte Do Orkut.

Sorte de hoje:
Você tem um novo negócio importante em fase de desenvolvimento
Valeu, orkut. Mais uma vez, você acertou.
Tem coisas que eu só consigo fazer sozinho.
Ler, escrever.
Só essas duas. Pensar e beijar dá pra fazer em duetos. ^^.

Sexagésimo Sexto - The True Form Of Fucking Beauty.

"We are the true believers
It's our turn to show the worldI
n the fire of heavy metal we were burned
It's more than our religion it's the only way to live
But the enemies of metal we can't forgive"

- "The Gods Made Heavy Metal", do Manowar.

Isso é lindo, cara. Fucking true, fucking beautiful.

Sexagésimo Quinto - Daquilo Que É True. Bem Hail And Kill.

Todo mundo tem que ouvir Manowar.
Todo mundo tem que ler Rubem Alves.
Todo mundo tem que encontrar Seu Amor do nada no shopping aldeota, depois de uma tarde triste.
Todo mundo tem que ouvir heavy fukcing metal.
Todo mundo tem que ler Pessoa.
E Cecília.
E Chico.
E Airton.
E Carlos Augusto, porque o homi é o homi.
E zefiní.

12.8.05

Sexagésimo Quarto - Qualquer Coisa.

Peegunte a si mesmo se você precisa ser salvo.
Pergunte a si mesmo se você pode enfrentar esta vida sozinho.
Pergunte a si mesmo se você está nu e longe de casa.
Save me. Don't let me face my life alone.

10.8.05

Sexagésimo Terceiro - Daquilo Que Eu Preciso.

Eu preciso de um abraço bem egoísta. Só pra mim.
Sem culpa e sem remorso.
Eu quero poder ficar apertando até os dedos ficarem roxos.
É disso que eu preciso.

8.8.05

Sexagésimo Primeiro - Da Arte, Do Que Ela É.

Essa foi uma pesquisa que este blogueiro realizou no começo do ano. "O que é arte ?" é o questionamento e saí perguntando pra quem aparecia no meio da rua, no CH, no banheiro, na sala de aula.
Aproveitem. Tem respostas bem legais.
"O Que É Arte ?"
1. É a expressão da individualidade humana.
2. É aquilo que motiva o homem, desautomatiza-o, faz o homem pensar.
3. É uma maneira sensível de transmitir os sentimentos.
4. É a manifestação da minha abstração (subjetividade) do âmago da minha alma.
5. É a manifestação do pensamento humano, é a expressão do belo.
6. Sem definição.
7. É uma das formas de se expressar.
8. É a expressão do espírito.
9. É a representação da beleza na visão de uma pessoa, de um artista.
10. É a expressão do que está dentro de cada um.
11. É expressão.
12. é o meu pensamento.
13. Não sei.
14. É dizer uma coisa de uma jeito diferente.
15. É uma coisa boa e instrutiva pro homem.
16. É uma manifestação de um comportamento e da realidade interna ou externa ao artista.
17. É tudo, depende do que você pensa.
18. Não sei.
19. É uma forma de se expressar.
20. Não sei.
21. Tudo que a pessoa faz é arte.
22. Não sei.
23. Não há definição.
24. É a forma de expressar o que você é, o que os outros são e como você regae aos outros.
25. É algo criativo.
26. É uma forma de expressar o subjetivo.
27. É expressão.
28. É o dom.
29. É o que eu quero que seja.
30. Não sei.
31. É qualquer forma de expressão.
32. É algo que transcende sua alma para algo pleno.
33. É uma maneira de você expressar seus sentimentos.
34. É qualquer forma de expressar.
35. É a recriação do mundo sensível através de signos.
36. É uma forma de expressão.
37. É a expressão mais profunda de todos os nossos sentimentos.
38. É uma das manifestações do pensamento.
39. É a reinvenção da realidade pelo homem.
40. Não sei.
41. É a manifestação do belo.
42. É um dom natural e cultural que a pessoa tem de se expressar.
43. É qualquer maneira que você tem de se expressar.
44. É a expressão dos sentimentos do ser humano.
45. É o vômito dos sentimentos sem nenhum tipo de interesse (financeiro, persuasivo ou qualquer outro) a não ser o interesse expressivo.
46. É a expressão de uma idéia de uma autor ou de um grupo de pessoas, perpassada pela estética.
47. É tudo que te leva apensar.
48. É toda forma de expressão do homem a qual quer passar uma informação.
49. É a capacidade de transmitir o belo.
50. Qualquer coisa é arte, depende da visão de cada um.
51. É uma pessoa que sabe fazer alguma coisa, como artesanato.
52.É a forma do homem extravasar o que há de mais interior nele, que ele não pode, normalmente, por causa da repressão social.
53. É representar parte de você de maneira extraordinária, não comum.
54. Reproduzir a beleza do universo - sendo que a beleza seria a ordem da realidade - feita através da intuição.
55. É você, é o homem.
56. É algo que tira o homem do cotidiano, que permite que ele abstraia o trabalho mais com a sensibilidade.
57. É a externalização dos sentimentos mais inerentes da psique humana, em forma de expressão das mais variadas vertentes.
58. Não sei.
59. É a capacidade criativa do ser humano.
60. É um dissílabo.
61. Não sei.
62. É a expressão cultural de um povo.
63. É a vida.
64. Não sei.
65. É toda expressão da natureza humana, da essência.
66. Não sei.
67. É uma manifestação da criatividade humana.
68. É um dom que cada pessoa tem, dado por Deus, para vivermos conforme esse talento e o usarmos para sobreviver.
69. É uma amostra do contexto histórico social e econômico.
70. É cultura.
71. É tudo aquilo que eu adquiro através do conhecimento como filmes, pesquisas, conhecimentos gerais; é cultura.
72. Não tem a menor idéia.
73. É trabalho.
74. É viver.
75. É arte.
76. É cultura.
77. É um impulso humano, o ser humano é naturalmente propenso à arte.
78. É o coral.
79. É a construção de mundos que não existem, mas que estão em estreita relação com o nosso.
80. É um culto religioso sem religião.
81. Manifestação dos sentimentos humanos através de "uma" linguagem universal.
82. Manifestação dos sentimentos, críticas, idéias abstratas dentre outros.
83. "A minha Arte é a Biologia."
84. A técnica em todas as atividades praticadas pelo homem.
85. É expressão.
86. É um tipo de expressão, tem de ser feita para si mesmo.
87. Não sei.
88. Não sei.
89. Não sei.
90. não sei.
91. É a manifestação do sentimento através da palavra.
92. É aquilo que a pessoa faz com criatividade, com imaginação.
93. Não sei.
94. É uma obra artística.
95. É uma forma de transmissão de sentimentos.
96. O que eu acho bonito.
97. É tudo que você faz que tenha beleza; beleza: tudo que lhe agrada os olhos.
98. Arte é tudo aquilo que o homemusa para se expressar sobre qualquer coisa.
99. É tudo aquilo que instrui, educa e embeleza a vida.
100. Não tem resposta para isso ! Afinal, é a visão de cada um.
101. Expressão do chakra, ki ou cosmo de cada um. (minha preferida.)
102. É uma maneira de descrever o que você pensa.
103. É toda forma de expresão, com objetivo, mesmo que esse objetivo seja não ter obejtivo.
104. É um retrato interior de uma pessoa.
105. É uma das formas de expressão.
106. Não tem definição.
107. É um conceito cultural e mutável.
108. É a arte.
109. É qualquer construção humana baseada numa técnica determinada.
110. Expressão da subjetividade humana, dentro de uma certa estética.
111. É algo queimpressione os sentidos, que chame a atenção.
112. É a tua vida.
113. É uma maneira ideal de fazer alguma coisa.
114. É a realização de obras e projetos com satisfação espiritual, pessoal e coletiva. A Arte é, portanto, a habilidade, independente do seu nível de graduação, de realizar e, assim, realizar-se, realizando.
115. A expressão da cultura de uma sociedade.
116. Éa expressão maior da sensibilidade do indivíduo.
117. É a expressão de um sentimento.
Acabou, affe ! Trabalhão pra escrever todas. E ainda teve um bocado que respondeu "era o que eu fazia quando menino que o meu pai brigava" e ainda teve uma interessante: cheguei para o vigia do CH da UECE e perguntei a ele a pergunta maldita.
"Sou vigia."
"Mas, sim, o que é arte ?" insisiti.
"Não, não. Sou vigia."
E fui-me embora.

Sexagésimo - Ai, meu pai ! Uma rede !

Os comunistas querem o comunismo.
Os empresários querem o capitalismo.
Os democratas querem a democracia.
O Rubem Alves quer um jardim.
Eu quero uma rede. Com um ventim. Não pode ser brisa, nem furacão: tem que ser ventim. Ventim bom. Tem que ser - além de ventim - bom.

7.8.05

Quinquagésimo Nono - Causo.

Macho.
Diz que estava voltando eu e minha mãe pra casa. Daí começamos a sentir cheiro de gasolina. Puta que pariu.
"É dentro do carro ?"
"Snif. Acho que é."
"Vala me deus."
Daí, depois de um tempo, um senhor parou na nossa frente e olhou o cano de escapamento dele, que estava todo tronxo.
"Ah, vinha do carro da frente. Graças a deus."
Mas diz aí que o bicho num começou a sair fumaça ?
"Sai ! Sai ! Sai !"
Daí as duas crianças e o senhor chisparam do veículo, mas o velho ainda tentava desligar a lataria. Um Palio, eu acho. Só não tão velho quando seu dono.
Aí começou a putaria. Era as crianças falando que "Eu vi ! Explodiu e saiu fumaça !"
Daí o bicho espocou e todo mundo saiu de perto. Pegaram os extintores dos outros carros - que o pobre do homem, coitado, seu carro não tinha nenhum - e eu "Vala me deus, mamãe ! Deixa eu pegar o daqui !" Mas ela "Nããããõ ! Jeito nenhum !"
Daí um cara - graças aos céus - apareceu pedindo encarecidamente que a gente desse o nosso - pequeno, por sinal - extintor. Eu nem sabia como tirava, mas era só uma tira que prendia, daí foi fácil, mas no sufoco, a gente perde 25 % das nossas funções motoras.
Daí foi uma chuva de fumaça branca do caralho de massa ! O extintor da gente acabou num instante e nem deu pra apagar o carro, que papocou de novo ! Aí a galera começou a jogar água na frente e todo mundo olhando e - por incrível e inacreditável que possa parecer - eu não me lembro de ninguém buzinando. Impressionante.
O sinal abriu e fechou umas três vezes.
"Mamãe, passa logo ! O bicho num vai explodir não !"
Não explodiu. Graças aos céus.

Quinquagésimo Oitavo - Piada IV.

Diz que a mulher ligou pro hospital gritando desesperada.
- Alô ?
- Doutor, me ajuda, pelo amor de Deus ! Meu filho ! O ouvido dele estourou e tá saindo pus direto !
- Tá certo. A senhora não mexa, que senão só vai piorar. Nada de cotonete, nada de água, nada de lavar, que o menino pode ficar moco. Pra criança, só Tylenol já basta, pra passar a dor.
Meia-hora depois, a mãe liga de novo.
- Doutor ! Me ajuda ! Já pinguei 20 vezes no ouvido do menino e a dor não passa !
True Story. Really.

Quinquagésimo Sétimo - New Glasses, Baby.

Incrível como a gente encontra algo que faz sentido nos lugares mais inusitados e impensáveis.
Recebi esse e-mail de um amigo meu.
Ops. Apaguei sem querer. ^^".
Faz mal não. Estou de óculos novo e conteúdo para estudar.
O Paulo Freire disse - e eu sei porque o Camelo dizia isso tods aula - que a gente só aprende aquilo que nos dá prazer ou aquilo que leva ao prazer. Graças aos céus eu gosto de linguística e de literatura, se não eu já deveria ter me matado há algum tempo.
Caio out.

Quinquagésimo Sexto - Dos Vícios II.

Já falei de vícios. Nem me lembro o que escrevi. Nem porque.
O negócio é que fazem mal, mas vocês quer mais, porque faz bem.
Putz grila.

Quinquagésimo Quinto - Do Ouvido.

É a vocação pra ouvido. Entenda bem: não é talento. Talento se manifesta nem que você não queira. Vocação é potencialidade, dá pra fazer algo em que você é bom e gostar daquilo.
Ah, mas se for assim, "gostar daquilo", então não é "vocação" pra ouvido.
Mas deixemos assim. Entendível está.
Eu não acho ruim. Não me entenda mal: eu gosto. Adoro. Não vivo sem bocas. não vivo sem vozes. Dos outros. A minha cansa rápido e não fala muito. Fala o que não precisa ser dito e tenta dizer o que nem a poesia consegue dizer. A boca minha estpa obsoleta. O ouvido, a orelha, o tímpano, o labirinto e toda essa aparelhagem auditiva está funcionando a mil, vinte e quatro horas, sete dias por semana.
E não me entenda mal. Eu não me canso.
Aliás, canso sim. Mas eu sei que me canso. É diferente. Eu sei - geralmente - quando eu vou me cansar. Dá tempo de se preparar psicologicamente para a reposição de ouvido, quando se coloca um ouvido para ouvir as nossas. Mas daí o negócio é silencioso, sub-repitício, quase ilegal. Ouvido foi feito pra escutar. Ouvido não fala. Falar é crime.
Num tópico completamente contrário, ela ligou só pra perturbar. Graças a deus.

5.8.05

Quinquagésimo Quarto

Eu deveria ter colocado os tremas nos quinquagésimos dos títulos. Mas agora já foi. Dá muito trabalho editar posts.
Rubem Alves continua sendo o homem.
Tristania e Kreator. Poder.
Vou passar em Teorias Linguísticas e Semântica e Pragmática. Que bom.
"Porque metal é evolução."

- Manel
Out que tenho de escrever uma crônica.

3.8.05

Quinquagésimo Terceiro - Pensamentos Sincrônicos, Diacrônicos, Xiitas E Sexuais.

Eu quero fazer sexo com o "Coesão e Coerência Textuais." E olha que o livro é teórico. Porra de livro das coxonas gostosas de ler.
E como eu não o maior exemplo de monogamia do mundo, também anseio pelo "Aula de Português". Teórico. Padrão ? Não me importo. ^^.
Rubem Alves - está confirmado - é um dos homens. Ele tá junto dos grandes frasistas - quem faz frases legais - como o Millôr, o Oscar, o Glauco e o Mustaine.
O Garfield não. Essse tá num nível muito superior.
Nem os caras do Monty Python. Eles também estão num outro level psíquico de mentalidade subjetiva.
Lembrete: o Eric Idle - a mãe do Brian em "A Vida de Brian" - NÃO é o Gene Wilder - o Willy Wonka na "Fábrica" original. Beleza.
Débito em conta cai na hora na conta ou não, porra ? Maldito cartão de crédito. Odeio ter que assinar aquele papelzim e ter dinheiro que não posso usar no banco. Raios duplos.