31.10.05

Para me lembrar de ler

A serem lidos:
Redação e textualidade, da Costa Val. Esse a comprar.
Curso de lingüística geral, do Saussure. Comprado.

Terminar de ler o Cartas a um jovem poeta, do Maria Rilke.
Terminar de ler o Lutar com palavras, da Irandé.
Terminar de ler o Introdução aos estudos lingüísticos, do Chico Borba.

Reler muito, principalmente. Reler é o mais importante.
E discutir. E ensinar.
E amar.

[]'s

29.10.05

Mundo retangular

Do meu computador
eu vejo o mundo:
não olhando pra frente, mas
para o lado.

Porque do lado tem a porta pra fora:
pras árvores que, há dezenove anos, balançam com o vento
e, graças aos céus
e ao dono do sítio,
ninguém nunca as podou.
Junto com o vento e com a chuva de de vez em quando,
e melhor quando é chuva e vento juntos:
dá pra ver como que uma aura sobre os telhados aqui próximos,
como se as sujeiras e os espíritos maus escorrecem
pelos tetos, fugindo da purgação chuvácea.
Fogem próximos às telhas, quase se agarrando,
não querendo ir:

eles se alimentam de nós.

As montanhas, que eu não tenho certeza de onde são,
azuis, lá bem longe, lonjão,
quando tem a chuva nem dá pra ver.

As cores: vermelhos, verdes,
- muito verde -
branco das nuves, azul do céu,
e carneirinhos, quando deus decide brincar comigo
e eu presto atenção.

E eu nem noto as grades na frente:
só vejo a paisagem:
ela é quase mental. Já internalizei,
tá aqui dentro:
sou telúrico, enfim.

Brigado, senhor, pela minha porta aqui
do lado do meu computador.

O preço da arte

Olhar para dentro: descobrir-se. Angústia. Porque infância, mas não só ela, é desastre. Calamidades psicológicas. Crateras existenciais. Seria melhor esquecer. Mas esse é o preço da arte: olhar para dentro, perder-se, encontrar-se e encontrar aos outros e dizer-lhes: comem de meu pão e bebem de meu vinho, no sentido mais carnal quanto necessário: comem de minha carne e bebem de minha alma. O artista, nu, se entrega ao outro, pronto ao fuzilamento. Ou abraço fraternal. Encontra-se na obra: todo poeta é lírico. Cosmovisão é tudo. Não sou aquilo fora de mim, eu sou eu, assim como a arte é arte, mas a arte - e eu - se nutre do real, do mundo, das pessoas.

Como diz essa lindíssima capa da Gal:

todas as coisas
e eu

[]'s

28.10.05

O poder das palavras

Nunca tinha acreditado ou entendido direito aquela história do "as palavras ferem muito mais do que não sei o quê". Odeio palavras.

Se pudesse, nunca mais falava.

[]'s.





ps: desculpa.

O começo do meu dia.

pesadelo.

Depois da maior parte do sonho, que eu não me lembro como foi, a gente - eu, um cara lá e outro cara fortão - sentou nos pés de uma casa lá, quase uma catedral, com a fachada grande. Daí, não sei porque motivo, eles foram pra num sei aonde que era longe da onde a gente tava, e eu segui eles. Só que depois a rua onde a gente tava ficou cheia de pessoas - muitas mesmo - e eu fui me embora, sem eles.

Isso já tinha acabado a aventura principal do sonho, que acho tinha algo a ver com fantasmas.

Sim, aí. Aí, eu me toquei que tava sem chinelas. "Porra, esqueci minhas chinelas lá." Daí voltei aquela construção da fachada grande, mas quando ia entrando, a rua não tinha ninguém andando por ela, ninguém gastando asfalto, só um cara lá na puta que pariu e outro que tava vindo na minha direção, mas não olhava pra mim. Entrei duma vez. Peguei as duas chinelas.

Adentrei mais um pouco na igreja - chamemos de igreja: imaginem um galpão bem grandão, com o teto alto, as paredes pintadas de amarelo e nada dentro - e quando eu virei a cara, o cara num tava com uma arma cinza na mão ? Eu me caguei todim. "Puta merda: e agora ?"

Fui falar com o vigia, mas ele, quase que me expulsando, disse que eu tinha que ir mais é embora que ele não ia me ajudar não. "Não, não, num quero gente desse tipo aqui não. Vá simbora."

"Desse tipo" era o cara com a arma lá.

Eu num fui embora, lógico, e o cara viu nós dois e correu mostrando a arma. Eu saí correndo, e não sei porque: sempre nos meus sonhos eu corro estranhamente devagar ou quase escorregando. Daí eu e guarda fugimos prum canto lá que tinha uma escada estreitíssima e subiu o guarda e o ladrão - chamemos de ladrão - passou por mim, mesmo com as insistências do guarda. "Olha ele ali embaixo ! Olha ele ali embaixo !"

Eu saí correndo pro outro lado, só que daí o ladrão apareceu atrás de mim justo quando eu saía da igreja. Deu um tiro, eu segurei a arma, fiz com que ele desse mais dois tiros pra cima, mas aparentemente, as balas não acabavam. Eu corri para dentro da igreja, ele atrás de mim.

Não me lembro como aconteceu, só que depois de mais alguma perseguição, um outro ladrão colocou uma arma na minha cabeça. Daquelas 9mm, preta.

Daí, do nada, surgiu uma pequena esteira de fabricação de balas atrás do segundo ladrão. Eles pegaram as balas, e o vigia implorou pela minha vida. Naquela hora, ele conseguiu: os ladrões saíram falando em inglês: "Okay." Mas não foi só isso, eles disseram mais coisa, não me lembro porém.

Eu sabia, contudo, que quando saísse da igreja, eles iriam me tacar as balas. Não saí.

Nesse momento, acordei.

Culinária amorosa.

Amor é sal e açúcar ao mesmo tempo.

Explico: amor é a única coisa que, em demasia, não estraga. Partindo do princípio de o amor torna a vida mais doce, o amor é açúcar. Mas açúcar demais enjoa, então o amor não é só açúcar; é também outra coisa: sal.

Para que a vida não fique insossa. Temperada e açucarada.

Deu para entender?

27.10.05

Sim, eu sei.

Minhã é meu niver, estou ligado. Não precisam me lembrar. Não gosto de parabéns.

Mas não te preocupe: não vou matar que me desejar felicidades.

[]'s

26.10.05

sem maiúsculas.

diz que o conto entrou no bar, certo ? e no bar estavam bebendo o romance, a poesia. o barman era o escritor. o leitor mexia no jukebox, enquanto o chomksy discutia amigavelmente com o sausurre; o labov já tinha se cansando e fora para casa.

meus pensamentos não consigo convergi-los. esses aí tão sendo os meus dias: lingüísticos; não que seja ruim, mas está-se criando uma rotina. e tá começando a cansar.

24.10.05

Dia improdutivo.

Mas tirei questionamentos mais o A.D., lá na palestra mó mentira no Banco do Nordeste.

1.O que é capacidade textual?
2.Qual a diferença entre contextualização e situacionalidade?

Na verdade, essa ele explicou, mas o cara lá tava falando e eu num ouvi nem entendi direito.

3.O autor pode ser leitor?

Questione e POSTE!

23.10.05

É ou não é?

Toda demanda é uma demanda de amor.

Jacques Lacan

E a quem interessar possa: está em inglês.

Quando lemos ou escrevemos.

Leitura e escrita são atividades solitárias apenas aparentemente: há sempre um alguém do outro lado, disse a Irandé Antunes. Escreve-se para alguém e lê-se para alguém.

E o homem é um animal muito interesseiro mesmo. No bom sentido. O melhor possível.

Abraxas, babies.

22.10.05

Rubem Braga e James Joyce: dois homizão.

Não que o título tenha a ver com o post.

Oh, well.

Subi a porta e fechei a escada.
Tirei minhas orações e recitei meus sapatos.
Desliguei a cama e deitei-me na luz.

Tudo porque
Ele me deu um beijo de boa noite...

Autor anônimo

Este texto é coerente porque a gente entende, depois de ler a última frase. Nós podemos recuperar uma unidade de sentido, justamente porque sabemos o efeito arrebatador do beijo enamorado. Lingüística textual rocks.

[]'s.

Perdi duas idéias.

Eram tão legais. Acho que foi hoje de manhã. Bem feito: não anda com cadernim, nisso que dá.

Comentem, porra! Pelo bigode de Joyce!

20.10.05

Do fim do tempo.

No dia 10 de agosto, quando ainda chovia no fundo do quintal, abri meu guarda-chuva esperando que o sol aparecesse. Mas isso não acontecera, então tive de voltar a dormir. A grama lá fora estava tão macia que decidi dormir ali mesmo. Puxei uma cadeira, sentei-me: adormeci estirado na madeira dura. Nunca tive muita carne nas nádegas, e isto me incomodou um bocado: demorei a pegar no sono. Após acordar, com o sol, fui-me para dentro de casa. Lembrei-me de que quando o sol nasce, a lua se fecha: tem de se abri-la: esse é o meu trabalho. Guardo a lua dentro de minha casa e todo dia espero que a chuva cesse para que possa tirar o astro de sua caixinha pequenina. É um erro pensar que ela se abre, muito comum: quem se abre é a caixa. E, a quem interessar, também há outra caixinha, onde guardo a luz da lua, que deve ser aberta junto quando se abre a da lua. Abrindo a lua, abre-se a luz: inevitável. Impossível fazer de outro jeito, abri as caixas, e senti minha pele queimar: deveria escolher um sucessor. Nessa hora, senti o céu se fechar, o sol desaparecer e o paraíso inteiro se voltou para mim, esperando uma decisão, ansioso. Não pestanejei: designei meu filho, que também dormia lá fora, na grama já seca pelo pouco sol.

- Filho, acordai! És o novo abridor da lua!
- Agora não, pai.
- Sim, agora! Vamos, o mundo, a noite, o tempo espera-te! Anda!
- Você passou a chuva inteira dormindo, me deixe por algum tempo aqui.
- Não! Sua família mundial depende de você! Anda! Ide! Abri-a!

O filho se levantou, resignado e bufando, mas o pai havia trancado a porta pelo lado de fora, sem querer. Com eles, só restava o guarda-chuva, o paraíso, a cadeira e todo o resto.

Olhar para cima.

Nunca tinha olhado para cima: não no banheiro. Naqueles cubículos pequenininhos, que o fedor da bosta sobe e se instala nas paredes. O enxofre inebriante me obrigou a subir o olhar, fugindo da tontura: percebi: não havia teto nas paredes; eram como aqueles chuveiros militares sem divisões. Nesse, havia divisas entre as cabinas mal-cheirosas. Atrás de mim, em cima, olhava-me um daqueles negócios onde se enroscam as lâmpadas: sem lâmpada. Notei que em nenhum havia lâmpada. Sem luz: sem ver a merda nadando na água que quase salta do vaso.

Mas haviam colocado água na caixa naquele manhã.

Na rua.

Adeus. Ele também. As mãos cumprimentaram-se, cordialmente. Não que tanta formalidade fosse necessária.

Os pneus do ônibus rugiam na rua. Mãos dadas. A água tentado atingir o calçadão novamente. Mãos dadas. Sol queimando: mãos dadas.

Dadas não: concedidas, apertadas, porque o amor - havia amor - era fraternal. Não que não houvesse o sexual ali: havia. Mas ouçam o amor quando ele fala pela pele. Tudo fica mais apertado, mais junto. Amor é um colo macio, é uma rede no alpendre de tarde.

Mãos dadas. Desfazem-se em rotina, novamente, mas sempre lembrando dos dedos entrelaçados naquela rua, apressados.

19.10.05

De Uns Passarinhos.

Os passarinhos batem na portinhola do banheiro, aquela que fica em cima do chuveiro, para o sol entrar, sabe? Eles bicam a janela, como fazem aqui em casa; lá, é na hora que ela toma banho: aqui, é no levantar, lá pelas seis. E não são poucos os penados, não. Vem de bando de três, ou dupla, ou mesmo um. É: de quando em vez, unzinho vem, só, bater na janela, estranhando a imagem refletida do vidro fumê. Aliás. Isso era o que eu achava: depois qu'ela me falou dessa história, descobri que tão bicando mesmo é a gente: são gentis demais para fazê-lo de uma vez: fazem por tabela, cutucando o vidro. Bicando a gente, como faz aquele final de tarde, que parece com o domingo todim e as noites de chuvas - estas últimas nem tanto. Bicam, cutucam, nos colocam para pensar, refletir, mas é reflexão esparsa, jogada, sem fundamentos filosóficos, o pensamento se embolando nele mesmo, tentando entender-se sem se desemaranhar. A mulher procura um motivo para ficar triste, sem tê nem porquê - porque ficamos tristes naquelas outonais: as amarelas, de comunhão com todo o resto que não a gente, os finais de tarde, começos da semana. Nessas horas, a nossa gaveta - porque a mente é uma gaveta - se abre e despenca no pé: de repente, percebo novamente que existo de novo. Esses passarinhos estão aqui e ali, lá e cá, para lembrar todo mundo - eu e ela, ao menos - que aquela sincronia do Jung existe: o universo, simplesmente, faz sentido; não faz porque alguém disse ou deixou de dizer: só por causa dos passarinhos mesmo. Culpa deles.

18.10.05

Muitas murissocas.

Tem muitas murissocas no meu quarto. Céus. Céus. E céus.

Da Igreja do Diabo.

1. A metáfora principal do conto é a das capas de veludo com franjas de algodão. O veludo é a nossa máscara social, metade que mostramos a outrem; as franjas de algodão são a parte nossa mais vulnerável a desvios.

2. Dito isto, posso repetir a frase do próprio Diabo, ao ter a idéia da sua igreja:

"Há muitos modos de afirmar; há só um modo de negar tudo."

A transgressão das preceitos diabianos, ao final do conto, ilustram bem essa afirmação. As pessoas, na sua eterna contradição humana, quebram as regras - negam-nas - justamente por serem regras.

Depreende-se - deduz-se, compreende-se, percebe-se, infere-se - então a natureza humana pela ótica de Machado de Assis: o ser humano é um animal transgressor, desobediente, quebrador de regras, contraditório.

Interessante que as trangressões são realizadas sub-repticiamente, às escondidas. A manutenção das máscaras sociais é importante; está entre uma das máximas da boa interação social pelos olhos de Machado: não importam os paradigmas que regem as interações das pessoas: o que importa é que estes devem ser mantidos, para que o indivíduo não caiam em desgraça social.

E, como sempre, Machado retira de si a responsabilidade pela veracidade da história: entrega-a à um "velho manuscrito beneditino." Bicho fulerage.

Sumando: capas de veludo, franjas de algodão; capas de algodão, franjas de seda, não importam: a gente rasga tudo mesmo.

Deu pra captar ?

17.10.05

16.10.05

Erich Maria Remarque.

Em guerra, os soldados não pensam ou sentem: os instintos dominam.

A guerra é feia, é covarde. Sua única utilidade é nos mostrar o como ela nos serve para coisa alguma.

É vírus que não mata por fora; corrói por dentro, e a luta do soldado não acaba à paz; dura até a morte. Talvez além.

Da estrutura da língua.

Se você que me lê entende o que quero dizer, então é porque entre nós existe um acordo de como nós vamos nos comunicar. Nós concordamos que o melhor modo de expressar idéias é através destas letras aqui que formam palavras. E estas palavras nos lembram de certas coisas do mundo com as quais nós vamos construindo toda a informação, até que nos entendemos.

Então, este acordo, que implica regras, chama-se estrutura ou sistema. E cada palavra é chamada de unidade. Um conjunto de unidades é o que forma o sistema.

Se eu escrevo a palavra eu, o caro leitor pensará justo em quem escreve estas linhas. Mesmo que não conheça meu rosto, saberá que esse eu se refere - lembra, evoca, representa - ao escritor do post.

Se escrevo boi, o caro leitor não pensará num disco voador ou no Freddie Mercury; com efeito, pensará naquele animal com dois chifres, de quatro patas, mamífero, macho, o marido da vaca, essas coisas. Isso porque o nosso cérebro trabalha por um método muito interessante: nós ouvimos boi, e essa palavra irá nos lembrar da imagem do animal, mas não antes de comparar esta com TODAS as outras imagens - todas mesmo: de gato, de ganso, de gente, de livro - que temos armazenadas na nossa memória.

Assim, nós fazemos a escolha pela imagem socialmente estabelecida, aquele que todo mundo diz que é. Se você me pedir para apontar um boi, eu não vou lhe mostrar os meus órgãos genitais: vou lhe mostrar o boi, se houver algum por perto.

Então as palavras só nos lembram de certas coisas porque nós fazemos uma escolha baseada em critérios sociais. Os significados das palavras se constroem por diferenciação: uma palavra só significa uma coisa comparada com algo que não for essa coisa.

Assim, o sistema da língua é o conjunto de unidades que se relacionam por diferenciação.

Isso baseando-me nos meus conhecimentos esparsos e parcos.

Será que deu pra entender ?

15.10.05

Lembretes.

Ainda não: estou instalando mil coisas no PC renovado pelo enésima vez. Acho que vou desistir de mexer em computador. Sempre dá problema.

Rapaz, eu sou muito sensível. E tudo que eu posso fazer é me desculpar.

Desculpe-me.

Agora, aos lembretes.

Redirecionar minha libido para atividades intelectuais.
Ficar menos desastrado.
E tantas outras coisas, meu deus. Tantas outras coisas.

14.10.05

INFP.

Introvertido.
Intuitivo.
Sentimental.
Perceptivo.

Não que seja redutível a isso, nem que esteja fora, mas nos é inevitável categorizar a realidade. Culpa dessa nossa aptidão lingüística, meu caro. Culpem deus.

Ámem.

Ah, e perdi toda a minha produção literária (literária?) quando meu HD queimou. Não vou me desesperar: ainda não fiquei sem palavras.

Alguém ainda lê essa porra ?

9.10.05

Aleatório.

Meu
Seu
Não
É
Porque.

Sobre a pós-modernidade (não que necessariamente tenha algo a ver como poema acima)

Somos seres em pedaços. Não que algum dia tenhamos estado inteiros e só agora a gente se partiu, mas é que antes já tava tudo quebrado e não tínhamos nos tocado. Somos um bando de quebra-cabeças ambulantes, com um bocado de peças faltando. E, pelo que eu pude entender até agora, juntar todas essas peças não é possível. Que é o que a psicanálise diz: tranformar uma neurose fuderosa numa infelicidade banal. Ou sejal, a gente não pode ser feliz completamente, sem ter problema na vida.

Mas a gente pode/deve tentar.

E se alguém ainda ler esse blog, e tiver algum fio de paciência e força nas falanges dos dedos, poste uma interpretação daquele poema ali em cima, por favor. Não precisa ser grande, mas escreva.

E, segundo o livro "Arte e Psicanálise" daquela coleção passo-a-passo, a arte moderna e a psicanálise surgiram na mesma época. Se não me falha a memória, lá em 1900 e pouco, no começo do século/milênio passado. Com o Paul Cezánne - pintor - e Sigmund Freud - psicanalista.

Ciao.

8.10.05

Fortíssimo.

Meu computador não voltou do conserto. Arriégua.

Nada a dizer. Só que eu também nunca guardei rebanhos. E minhas ovelhas são parcas.

[]'s.

5.10.05

Leçon.

Le-la-ei hoje de novo. Roland Barthes fala da linguagem e sua tradutora é competente.

Meus posts estão concisos, sim. Meu computador retorna do rapto sexta-feira. A escritura retornará ao seu fluxo normal a partir do dia acima citado.

Sinto saudade de escrever. Segundo o Maria Rilke, eu teria o direito - mínimo, mas isso quem diz sou eu - de ser escritor. Algo assim, mal transcrito:

- Mas há de ser o caso do senhor não ser escritor. Basta pensar que poderia passar a vida sem escrever para não ter mais o direito de fazê-lo.

Abraxas (que é abraço, além de do deus tal lá que conjuga em sua coisa o Bem e o Mal).

3.10.05

Concisão.

Sem computador. Vírus. Conserto.
Faculdade. Literatura. Lingüística. Textos. Vários. Muitos.

E um amigo meu, ao sair do elevador e me encontrar, indaga, feliz:

- Aê, cara ! Como vai a vida ?
- Manústica.

Abraxas.