No ônibus, perto já de minha parada, atravessando a catraca, sou abordado pelo trocador:
- Ei, cara, "silêncio" é polissílaba?
Baseando meus pensamentos no latim, respondo prontamente:
- Sim, é polissílaba.
Ele, contudo, elabora:
- Tem certeza? Não é trissílaba, não?
Lembro-me de meus ensinamentos gramaticais: não existem palavras quadrissílabas ou pentassílabas. Corrijo-me:
- Sim, é trissílaba. Por isso o acento: paroxítona terminada em ditongo crescente.
Ao que ele me agradeceu, confirmando assim que seu gabarito estava incorreto. Imagino, contudo, se estudasse eu matemática, perguntaria-me ele sobre a soma dos ângulos de um triângulo equilátero, ou sobre a bomba de potássio, caso biologia fosse meu curso.
- Ei, cara, "silêncio" é polissílaba?
Baseando meus pensamentos no latim, respondo prontamente:
- Sim, é polissílaba.
Ele, contudo, elabora:
- Tem certeza? Não é trissílaba, não?
Lembro-me de meus ensinamentos gramaticais: não existem palavras quadrissílabas ou pentassílabas. Corrijo-me:
- Sim, é trissílaba. Por isso o acento: paroxítona terminada em ditongo crescente.
Ao que ele me agradeceu, confirmando assim que seu gabarito estava incorreto. Imagino, contudo, se estudasse eu matemática, perguntaria-me ele sobre a soma dos ângulos de um triângulo equilátero, ou sobre a bomba de potássio, caso biologia fosse meu curso.
5 comentários:
Rapaz, nesses casos eu prefiro não interferir.
Que ótima a imagem de cabeçalho.
Abster-se seria o melhor, mas achei dever meu, como aluno das letras, responder o homem.
***
Obrigado, foi difícil bagarai achar uma que prestasse.
Acabo de receber um mail de uma amiga perguntando se a segunda frase "existe": "Agradeço as presenças das pessoas."
Bom, agora existe.
Segunda! Entenda por 'seguinte'.
bah.
Olha que chique: você é quase um especialista.
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