28.6.06

Um texto não meu.

Sentou, mas sentar é só porque não encontrei palavra melhor. Sentou ao meu lado, então. Agora você sabe onde ela está: do meu lado, sentada. Mas ela não existe, e é só uma palavrinha no meu sintagma incompleto. Pois então; está sentada ao meu lado, mas não olha pra mim. Mas isso quem decide sou eu. Ao próximo parágrafo.

No segundo parágrafo, sinto-me no dever de avisá-la que ela continuará sem olhar pra mim. Aliás, ela só vai levantar o queixo quando retomarmos o começo disso daqui. Mas isso fica pro último parágrafo, que tal? Não importa, já disse que quem decide sou eu.

Neste terceiro parágrafo se dará todo um jogo de conversas e sombras, do entredito ao não dito, quase como que subir um rio com pouco diesel sobressalente. Acho bom avisar que o primeiro "Deus" que ela disser é um vocativo, foi que faltou uma vírgula. Mas isso só conta se você entendeu até aqui. Acho melhor ir logo ao diálogo, por favor. Mas antes, pelo prazer de entender melhor as coisas, queira dar uma olhadela nessas definições:

Mo.nó.li.to sm 1.Pedra de grandes dimensões. 2.Monumento feito de um bloco só de pedra.

O.dis.séi.a sf 1.Viagem cheia de peripécias e aventuras. 2.Série de complicações ou ocorrências variadas e inesperadas.

Engraçado: uma feminina e o outro masculino. E também ajuda a entender quando se vê que, embaixo de "monólito", no dicionário, tem "monólogo.

Obs. necessária: não há datas, então procure "monoliticismo e odisséia."

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