25.11.05

Quando bebê, quando eu

Tem algumas luzes de natal pela cidade, mas isso não importa.
Tem alguns carros parando, parados no meio da rua,

mas isso não importa.

E existem aqueles que não acreditam em deus, mas isso
não importa.
Aqueles que supõem a vida como uma brincadeira de mau gosto, mas
isso também não
importa.

O que importa ?
Aquela lágrima, o silêncio e o motivo.

Canto as minhas angústias, minhas tristezas, meus cálculos, minhas teorias.
Canto aquilo que possuo, canto meu destino
...canto meu amor.
Não canto somente porque o amanhã vai chegar:
canto porque acredito no destino que vem de dentro,
porque acredito em Rainer Rilke,
porque acredito em Rubem Alves,
porque acredito na solidão,
na interação, nas ideologias, na intuição,
na subjetividade.

Acima de tudo, conheço minha prioridade: canto porque acredito.
E por causa daquelas melenas que derramaram um poço de angústia
dentro do meu. Da minha.

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