12.2.07

outra brincadeira: mexendo com o dos outros

Não se inserem no percurso da vida as grandes ocasiões em que estamos velejando sós.

Sempre lamentei muito essa lacuna dos navios: tão navios que são masculinos e terminam em O, que só não são maiúsculos por falta de regra, mas não deixam de ser belos e bonitos, e até encontram-se traços e laivos femininos: brinco na orelha, cílio arrebitado, radiando como uma manhã: lindas são todas as manhãs femininas em que acredito na lealdade das pedras, nos meios dos caminhos, tropeçando em espelhos, em mins-mesmos; trezentos e cincoenta mins procurando cola e fio-condutor - ou pára-raio. Parte de mim, para chegar em mim, navegando no meu navio, a procura de mim, sem saber que estou atrás de mim mesmo. Meu amor por mim, nas últimas profundezas do galeão, é-me incognoscível. Minhas tristes noções de honra são o amor que tenho a meus espelhos.

Quanto ao resto, o resto é (silêncio? não, não) canção e música, longe de apreciação, crítica, pitaco.

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