20.6.07

dez contos de dez palavras

O controle remoto, desleixado na cozinha, e a televisão chiando. // Um nome só afastaria o silêncio da beleza dela, cara. // Socou-o com toda a força para expelir o pedaço de frango. // Silvana soprou cinco besteiras no ar e ouviu um silvo sincero. // Fecharam a janela para impedir que seu último suspiro escapulisse. // Meu amor antigo jaz morto junto com meus óculos escuros. // Aquilo que não te matar, Bernardo, vai te fuder. // Bernardo quase que escapou do acidente que estava para fudê-lo. // Havia somente um lugar onde poderiam ter esquecido as passagens. // Para ser boa, nem toda estória precisa começar e terminar.

Nenhum comentário: