Mostrando postagens com marcador não-ficção. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador não-ficção. Mostrar todas as postagens

25.2.08

BUCK, Pearl S. A Grande Travessia.

Assim começa o livro:

É um dom peculiar do artista ser capaz de adentrar pelas outras pessoas, e isso se aplica, principalmente, aos romancistas. Eu e ele discutíramos esse dom muitas vezes, e ele sempre me perdoara quando eu me deixara absorver temporariamnte por outra pessoa que não ele. É uma estranha absorção essa, e eu não sei como descrevê-la senão comparando-a com o foco de interesse total, essencial ao cientista teórico. Tais cientistas são, por temperamento, artistas, e nós não podemos fugir ao que somos.


Desde a morte dele, eu não fora capaz de me deixar absorver por ninguém, até nesta tarde, quando, durante uma hora, o velho hábito voltara. Estava cheia de um novo ânimo, e quase esperançosa. Pelo menos, sentia-me aliviada, embora por pouco tempo, da tristeza em que havia tantas semanas estava mergulhada. Ri do fundo da minha alma e, durante uma hora, senti-me curada. Posso afiançar que cumpri meu programa para esta noite e me deitei a uma hora razoável, pela primeira vez em muitas semanas. Isso marcou o começo de uma nova etapa.

Apesar do sentimento de renovação ou alívio, que dificultaria a complicação posterior da história, parece início de romance, não? Contudo, está, na verdade, localizado na página 149 do livro.

Mas que parece, parece.

2.7.07

Arrumei minha pasta de favoritos: agora tem mais pastas e menos sites avulsos. "E daí?" - pergunta alguém. (Talvez a minha vozinha de dentro.)

É um passo primeiro para eu arrumar a minha vida.

13.6.07

bom mesmo é licença pra falar da gente mesmo.

silêncio

Pode ser o abrigo dos secos de palavras, das carnes sem sangue, dos olhos sem humor vítreo, dos fetos sem placenta, dos pré-molares sem arcada dentária, dos blogueiros que já postaram todo dia e agora já cansaram.

Pode ser também a desculpa dos preguiçosos: lirismo tem limite.

10.6.07

I wanna go away.

Just a little bit. For a little while.

24.4.07

no espírito de diarizar o blog

Acabaram-se (quase) as torturas acadêmicas desta minha vida: falta apenas a professora (que tem os braços mais claros do que o rosto) de Estilística mandar a minha dupla refazer o trabalho (como da última vez).

Esta que corre é a última semana do semestre (que deveria ter terminado ano passado: o semestre, não a semana), e vai-se esvaindo modorrenta e agonizante: o envelhecido Centro de Humanidades da UECE não agüenta mais ninguém pesando naquelas paredes descoloridas, principalmente o povo de Letras, que por algum (inexplicável) motivo, é sempre o último a sair.

***

A vida vai bem, obrigado: faltei o psicólogo semana passada por dormir demais; passei em todas as cadeiras so far; arranjei briga com o bar em frente do qual eu me encontrava, semana passada (que bobada, caio!) e coisas interessantes happened (you know what I mean, babies...)

***

Comecei o Madame Bovary hoje, porque me dei conta de que tem livros que todo mundo analisa na porra do meu curso, e, das duas, uma: ou eu cometo suicídio intelectual ou renuncio à minha liberdade - pouco utilizada, verdade (que vergonha, caio!) - leiturística.

Pois bem, que seja: a book is a book.

***

Hugs and kisses,'cause the world is not beautiful.

22.4.07

Nesse mundo só tem mito, símbolo. E gente, que é preu não ficar sozinho.

10.4.07

caio, novamente e again outra vez

Com a licença sua,

Pensei numa palavra e me veio rimbobar. Devo ser o mesmo que trovejar, fazer barulho, muito e grande.

Agora aos meus sentimentos, criptologicamente expressos, que tem de haver o mínino de boniteza para que as palavras comecem em catarse, e terminem em outra coisa, não-minha e, de preferência, longe de mim.

Principío minhas lamúrias falando que não sei responder quando me perguntam e aí? como está? Não me há observação de mim mesmo e o pronome oblíquo faz-se presente, roubando a abertura; não me olho, em busca de algo que esteja, para ser contado; não faço isso, não sei por quê. Não acho difícil falar de mim, mas responder a dita cuja parece algo tão longíquo de onde me concentro - ou encontro - encontro implica convergência, unidade: e o que há neste corpo de tão inexorável e involuntário que não me deixa a sós comigo mesmo? Prossigo, em primeira pessoa.

Há os trabalhos de faculdade. Não desejo fazê-los, já disse. Me estressam, crio aftas, me canso, faço coisas deste tipo, coisas que não gosto de fazer: esse tipo de coisa que não gosto de fazer é para isso que tenho o psicólogo. Não me agradam trabalhos de faculdade, ou provas, ou testes que me analisam. Não gosto de olhos em cima de mim. Só dos meus e dos dos meus.

Essa brincadeira dos tags é legal demais: é o resto disto daqui, sendo outra coisa.

Estou em busca da face perfeita: na verdade, faço minha barba toda semana, moldando, shaping trezentos e cincoenta caios diferentes.

O que me lembra que o Fernando Pessoa é o David Bowie da poesia.

Textos meus-meus são, assim, curtinhos, pois a catarse é envergonhada e não sai destilada.

Obrigado e volte sempre, que nem sempre é assim.

4.4.07

aquela música dos beatles

Então, ao calendário das três próximas semanas:

1ª semana
09/04 - Entregar as fotos do projeto especial VII
10/04 - Prova de sintaxe
12/04 - Prova de alemão
13/04 - Entregar trabalho de literatura cearense

2ª semana
15/04 - Estréia da segunda temporada de Roma
17/04 - Seminário de psicologia evolutiva II
18/04 - Entregar o segundo trabalho de estilística
20/04 - Prova de literatura cearense

3ª semana
25/04 - Prova de recuperação de literatura cearense
28/04 - Aniversário da minha mamãe
30/04 - Apresentação do projeto especial VII

4.3.07

prosa boa é que nem vidraça

Good prose is like a windowpane, diz George Orwell, no ensaio Why I write, referindo-se ao apagamento de personalidade do qual o escritor necessita para escrever algo, no mínimo, legível. Também estabelece four great motives for writing, sendo os ditos cujos:

1. Egoísmo puro e simples
2. Enlevo estético
3. Impulso histórico
4. E propósito político

Não termina nem começa por aí: o escritor inglês também fala de suas poesias, da guerra civil espanhola e de suas esquisitices infantis. Em inglês, com bigodinho e tudo.

1.2.07

... Mas também tu não precisas sentir tudo de uma vez, ou uma coisa de cada vez, nem precisa se preocupar tanto com tudo ao mesmo tempo, nem se preocupar por não estar se preocupando com outras coisas que talvez merecessem preocupação.

Fica calmo, baby.

8.1.07

Meu lado nérdico.


Depois de aeons acompanhando Megatokyo, finalmente parece que o relacionamento da Nanasawa com o Piro vai engrenar. Para quem não conhece a webcomic, uma previazinha logo aí em cima.

4.1.07

- Tá lá, mãe. O pc. Vai usar?
- Vou nada, Lara: vou dormir.
- Mas por que? A senhora num queria o pc?
- Quero mais não. Tô com sono.
- Mas por que?
- Porque ora, não quero mais.
- Mas eu já fechei as coisas lá, pra senhora usar.
- Mas se eu fosse usar, não era pra ter fechado.
- Eu fechei a net, mãe.
- Eu ia usar justamente a net.
- Era só logar de novo, grande merda.
- Não quero mais o computador: pode usar.
- Mas por que?
O pai se intromete:
- Porque ela não quer mais, Lara, ora! E feche essa luz!
- A senhora tem certeza?
- Tenho. Feche a luz.
- Tá bom. Não diga que eu não colaborei depois.

E a menina Lara retornou ao seu papinho madrugal pela net relogada.

The End.

1.1.07

Primeiro post do ano


Este é o primeiro post do ano; aqui, você não encontrará resoluções de ano-novo, nem instruções sobre como viver a sua vida em dois mil e sete: aqui, você encontrará o primeiro post do ano. E todas as outras coisas que você quiser encontrar aqui, além do primeiro post do ano.

Mas isso não importa. Não importa que aqui você encontrará o primeiro post do ano, e todas as outras que você quiser encontrar, além do primeiro post do ano; não importa se você não se encontrar aqui, ou em outro lugar; também não importa se você não encontrar aqui o primeiro post do ano: o que importa é que você tem que se decidir, you've got to let me know, should I stay or should I go?

20.12.06

Dessa vez

O natal cai numa segunda-feira, quarto dia de capricórnio e a lua está nova.

8.12.06

Costumo dizer que ela me queixou com um cigarro. Esse negócio de cigarro existe pra testar os fracos.

18.10.06

O que vai acontecer com as crianças desse mundo.

3.10.06

O mais difícil é o dia-a-dia.

1.9.06

Enough is enough!

Caio.

ma.ri.nho adj. Relativo ao mar, ou que o habita ou dele provém; marítimo.

ri.bei.ro sm. Rio pequeno; córrego; regato, riacho.