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31.3.08

the wisdom of a fool won't set you free



Every time I see you falling
I get down on my knees and pray
I'm waiting for that final moment
You'll say the words that i can't say

6.2.08

stranger than the whole wide world

Uma cena de Mais Estranho que a Ficção que me deixou intrigado foi a que Robert Crick está no apartamento de Ana Pascal, e esta mostra-lhe seu violão, pedindo a ele que toque. Crick diz conhecer apenas uma música, e que, por ser iniciante, seria melhor não tocá-la, recusando a oferta de Ana. Ela sai para a cozina lavar os pratos do jantar improvisado que os dois repartiram, e Crick fica sozinho na sala, com o violão; uma olhadela de soslaio e a cumplicidade da meia-luz lhe inspira coragem: retira o instrumento do suporte, cerra os olhos e começa a tocar Whole Wide World, do Wreckless Eric.


Crick começa cantando baixinho e tocando nas cordas levemente, pouco mais que o inaudível. Enquanto isso, Ana está na cozinha, terminando a lavagem dos pratos. Quando fecha a torneira, consegue ouvir a melodia envergonhada vinda da sala. Ela segue, então, para a sala, se aproximando, e senta-se ao lado de Crick, que ainda não percebe sua platéia. Agora ele canta mais alto, tocando nas cordas com firmeza, o polegar apoiado no indicador. Ana sorri. Crick sente sua presença e abre os olhos. Notando que é assistido, sua voz vai cedendo à timidez, mas antes que isso possa acontecer, Ana avança, derrubando o violão, e beija-lhe avidamente.

O que me encuca é o porquê dessa reação tão impulsiva da personagem de Maggie Gyllenhaal. Ana é passional e largou a faculdade de direito para cozinhar biscoitos. Tudo bem. Até poderia ser esta a explicação, e eu até poderia aceitar, vendo os lábios dela moverem-se em sincronia com os de Crick na parte do to find out where they hide her. Poderia, se não me houvessem dito - uma amiga - que a razão de Ana ter pulado em cima de Crick é ele estar tocando de olhos fechados. Como não se entregar à verdade desta sentença?

31.1.08

Aproveito a pausa que na qual a Unidos da Parquelândia - a escola de samba que treina na esquina de minha casa todas as últimas semanas do mês de janeiro - se encontra para lhes descrever o samba-enredo deste ano. Desconheço o título.

[Incompreensível]
Tudo é original,
Tem até Papai Noel
Numa festa de natal, tem!

Maravilha!
Com sinceridade!
Nosso simperadores [incompreensível]

Lindo sonho, lindo,
Ô sonho lindo!
Parece verdade!

Sonhei que estava em um mundo
De belas fadas e bonitas carruagens.
As bailarinas, bailando em um palco especial.
Palhaços dando cambalhotas,
Animando esse lindo carnaval!

O primeiro verso não consigo distinguir no meio da batucada: o cantor fala baixo por demais nesse momento; o final do sétimo rima com "verdade", e até acredito que esta seja sua última palavra; os dados, contudo, são insuficientes. No décimo terceiro, achei que cantavam margarinas, mas, como se bem sabe, derivados do leite não dançam em palcos especiais. Feliz carnaval.

Edit: Fez um sonho ser verdade: é isto que vem depois de nossos imperadores. Assim mesmo, no singular. Questão de ritmo.

31.10.07

a música mais triste do mundo

A música mais triste do mundo é a You've got a friend in me, que eu ouvi pela primeira vez no Toy Story 1, milênio passado.

É uma música triste porque ela toca quando alguém está indo embora, ou quando o tempo sai do relógio, entra por debaixo da carne do pulso e se instala no corpo. É triste porque ela passa uma verdade verdadeira, a qual não pode ser contestada. E o que resta é somente - é nesta falta de opções que reside o busílis - capitular à ela, e perceber que, na verdade, não é a música que é triste, ou o tempo, ou inexorável partida.

O que é triste de verdade é o sorriso que a pessoa que está partindo mostra. Lembra Don't worry about me, do Joey Ramone, que morreu faz um tempinho.

19.5.07

- Ei, mulher, o povo do gueto mandou avisar que vai rolar a festa.
- Pois eu tô nem aí.

14.4.07


The Sun Machine is coming down
and we're gonna have a party:
Oh, oh, oh.