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14.8.08

4 dias depois.

4 dias depois deste post aqui embaixo, o Bandeira Ao Vento fechou. E eu só fui descobrir agora.

Juro que me deu um nó na garganta e eu tive que levar à boca a mão: olhos arregalados e tudo.

Dizer que era um bom blog seria idiotice: era um excelente blog: de longe o melhor que conhecia, e ao qual sempre retornava, mesmo quando esta blogosfera me dava nos nervos e minhas palavras viajavam para longe. Leiam-no, leiam-no, leiam-no.

Não custa nada repetir: Bandeira Ao Vento, leiam, que emagrece.

***

Sob os auspícios da finalidade, também digo que este blog já deu o gás que tinha que dar: três anos mais ou menos - três-mais-ou-menos anos - de contos minúsculos com número definido de palavras, pensamentos enumerados, enumerações éticas, one-liners, dezenas de citações e um vídeo do Yu-yu-yu-Tubí. Nada mal para quem não queria ficar "blogando" no meio do mundo, hein, Su?

Há-de se prestar atenção ao pronome: disse que este blog não dá mais pé: outro blog venho formulando em minha cabeça. Tem até nome já.

No mais, deixo um aviso no header sobre a duração do que passou-se aqui, um link para as próximas palavras e um abraço. Lembre-se: o problema está sempre entre a tela e cadeira.

Caio.

***

Edit: Eu sempre quis saber como era escrever debaixo de um pseudônimo, então, aqueles versos do "Fernando Augusto" ali mais embaixo são meus. Enganei alguém?

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Edit: Novo blog. Ist gut fur dich!

19.3.08

the duality of blog

O blog é um depositário de ficções, onde minha palavra rabisca selvagem o fundo branco, sedento de vogais e consoantes. Sílaba ante sílaba, ofereço verbos e vírgulas. A sede, sem fim, transmuta-me em instrumento do blog, como uma mão enluvada que pega ao lápis negro e escreve na folha almaça. Gasta a ponta, afia-a para escrever novamente. Depois, guarda-me no estojo velho. Ali, enxergo canetas, borrachas e um estilete. Todos amontoados. Somos engolidos, lápis, canetas e o estilete: o zíper tranca-nos em escuridão, onde repousamos silenciosos até o próximo chamado.

... Assim seria não fosse o blog um depositário de ficções, e minha palavra, escrita, não com lápis e borrachas, mas por dedos contra um teclado.

2.3.08

29.1.08

pergunta

Esse negócio do dono comentar no post antes de todo mundo perde ponto?

11.1.08

Mexi no layout. Meu medo principal era perder os comentários do Haloscan, que, como temia, sumiram. Ainda não sei futricar direito com este modelo, mas o pior, acredito, já passou.

Também perdi a imagem que servia de header. Pity.

26.9.07

go, true believer!

Porque quando dá-se o fim do semestre, início das férias, o que se há-de fazer a não ser contar-se uma estorieta em três paragrafinhos mafagafados?

O blog diário que é atualizado, sim, de bimestre em bimestre. mas ei-las!

12.8.07

lágrimas de s. lourenço

A constelação de Perseu esta associada a um fenómeno que é citado há mais de 2000 anos, uma chuva de estrelas que em 1835 Quetelet mostrou ser um fenómeno regular. De facto, uma das mais famosas e popularmente conhecidas chuvas de estrelas anuais é a das Perseidas, assim chamadas pelo seu radiante na constelação de Perseu, que acontece com um máximo de intensidade ou pico por volta de 10-12 de Agosto. O fenómeno é por isso chamado as Lágrimas de S. Lourenço, em homenagem ao santo festejado a 10 de Agosto.¹

***

Em todo o Mundo cristão, existem muitas igrejas dedicadas a este santo. Geralmente, as estátuas dele apresentam uma grelha (instrumento que lhe causou a morte) e uma Bíblia nas suas mãos.

É comemorado no dia 10 de Agosto.
²


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01. In De Rerum Natura
02. In Wikipedia

29.7.07

26.07.07

Adultos se esquecem de como as crianças pensam na morte.

20.7.07

No espírito de linkar (vou transformar isso em trocadilho daqui a cinco linhas) este blog com as realidades subjacentes e da minha idéia de começar a acompanhar o Jornal Nacional, visto que minha mãe estava em Guarulhos quando do acidente no aeroporto logo ao lado, coloco os links (viu?) para os blogs do José Paulo Kupfer, sobre o acidente em Congonhas, e do Pedro Doria, sobre a morte do baiano ACM.

Ambos eram do NoMínimo, que acabou porque era doce.

19.7.07

mais atualizações

O blogueiro encontrou-se num estado de zen-meditation e resolveu escrever-se um conto de três parágrafos. Única e exclusivamente para não perder o hábito de ouvir o tec-tec do teclado.

a convite

Todo de terninho e gravatinha no blog dos outros: parece gente. Ide!

18.3.07

Regra número um: Escrever. Escrever sempre. Escrever bem. Ou não escrever.

Diário. Blog português, salvo engano.

1.3.07

Blogosferiando

O hermeneuta alexandrino não se limitou a inventar pontuação: ele quis forjar palavras que tornassem significantes os silêncios que pressentia nos textos e lhe permitissem, mais do que perceber o que lia, compreender o que lia. A decisão de as fazer invisíveis é apenas um indício de quão místicos eram os dias que então se viviam. Sabemos que as palavras estão lá – o resto, o resto é arte na distribuição das vírgulas.

Do ótimo Bandeira ao Vento, blog português, o qual o autor teve o pau-no-cuzismo de retirar os comentários. Good still, as you can see.

25.2.07

uma personagem

A minha personagem seria uma mulher morena e surpreendentemente entendiada. Ela estaria ali, especificamente naquela hora, por tédio. Com sua mão direita no queixo, a coluna em L e as pernas em X, observaria, do alto de sua varanda, os transeuntes daquela tardinha amarela.

Seria uma tardinha excepcional, já que minha personagem não se entediaria com freqüência: seria dona-de-casa, enquanto o marido que eu lhe daria seria médico - clínico geral - e, neste momento inexplicável de tédio de minha personagem, estaria ele no consultório, consultando. Seus três filhos, todos de idades distantes, seriam uma menina, um rapaz e um jovem homem, estudante de medicina. Quanto aos afazeres domésticos de minha personagem, estes comeriam, se não inteira, uma bela fatia de suas horas, não sobrando migalha que fosse para ocupar com aquele inesperável tédio de agora.

Prontinho: com minha personagem localizada numa varanda, com três filhos, um marido médico e um tédio ensandecedor, posso deixá-la existindo, perscrutando a calçada inflamada com a cacofonia dos passos, naquela tarde amarela, tão, inexplicavelmente, tediosa.

A idéia eu roubei daqui. Com todo respeito.

23.2.07

Te quiero infinito, honey baby

Em meus passeios matinais pela blogosfera, caí de boca neste poema. O poeta chama Jaime Sabines, mexicano. Quem gostar levanta a mão.

Yo no lo sé de cierto

Yo no lo sé de cierto, pero supongo
que una mujer y un hombre
algún día se quieren,
se van quedando solos poco a poco,
algo en su corazón les dice que están solos,
solos sobre la tierra se penetran,
se van matando el uno al otro.

Todo se hace en silencio. Como
se hace la luz dentro del ojo.
El amor une cuerpos.
En silencio se van llenando el uno al otro.

Cualquier día despiertan, sobre brazos;
piensan entonces que lo saben todo.
Se ven desnudos y lo saben todo.

(Yo no lo sé de cierto. Lo supongo)

22.2.07

apreciação descompromissada

Texto de quatro movimentos, intercalando observação, divagações literárias, divagações sexuais, escavação mental das personagens, retorno - pela curva - à observação. Sempre com o ser-humano capturado na situação real e momentânea, passando pela crivo da palavra e pelas escolhas - e pulos - do autor.

Garoto-esfíncter
ga.ro.to (ô) adj. 1. Que brinca ou vadia pels ruas. - sm. 2. Rapaz que vadia pelas ruas 3. Bras. V. menino.

es.fínc.ter sm. Anat. Faixa anular de fibras musculares que, ao relaxarem-se ou contraírem-se, regulam o trânsito de vários ductos naturais de corpo. [Pl.: esfíncteres.] - es.finc.te.ria.no adj.
Que barriga grande, de curva. Desquebrante demais da conta. De dar vontade de falar mal. Um mal de século, coisa de nêgo mau.
E o menino de barriga com raio infinito. Surge-me uma vontade de falar mal, tão normal, tão automática, imiscue-se no canto do meu olho, o qual vê a barriga preenchendo a cena: o menino com o dedo na boca. Olha para um lado. Ao outro. Encontra-me. Fita-me e percebe sua barriga capturada na minha íris, no branco dos meus olhos, em posição de combate, guerra que não quero e fujo, para meus livros. Volto meu olhar para dentro do ônibus. Tento mudar o de dentro outra vez e continuo sem entender.
Me endiabro de não lhe entender, de querer e não conseguir ser como aquela escritora que falou denso. Ou aquela que falou, maria-homem como só de cabelos curtos, e não daquele jeito meio Marisa Monte. Que afirmou sua originalidade da forma mais sensacional, já nos ensinada. Putismo de primeiro grau. É onda. É parisismo. O bem do nosso século. Falar de si mesmo, achar isso bonito, pular essa e achar mais bonito ainda. Imagina você sendo entrevistado? Que lindo. Falar de você mesmo. Sorrir e achar sua excentricidade um máximo. Se pula. Pula-se. Escolhe.

Ele, de nome grande, alemão-meio, nome de touro da Disney. Corno manso, desajeitado. Falável. Nem quer saber da vida. E muito menos da flexibilidade dela. Agora, ela, de roupas até agradáveis, de boca esporrante, quer mesmo é do outro.
Sexo em flexibilidade esporrante, atrás de véus: sexo de soslaio: voyeurismo acidental. O nome fálico, meio-alemão, grande, como um touro: da disney, porque corno manso e desajeitado: ômi mole réi.
Do minino de ouro. Quer o mundo, faz marmita por esse mundo. Só pra ele. Ele, bem longe do mundo e da Linha Amarela.
Um garoto-abertura, esse de ouro: abre-me - abre para mim. É um pórtico, no meio da rua, fora dessa realidade, fora dessa rua, longe da Linha Amarela. Seria divino, não fosse sua barriga grande, de curva, o dedo na boca; a distância do mundo - não pela santidade: pela fome. Esse meu minimo, de ouro, não quer-se porta, não deseja abrir a minha mente para o tudo do mundo: capturei sua curvatura no meu olho - quer, como eu, um pedaço de Terra só pra ele, longe daqui, onde ninguém pode nos pertubar, onde ele vai poder comer em paz. Comida de marmita mesmo, que self-service é chique demais pra traição e miséria. Presse mundo aqui. Só nos livros, longe daqui, da Linha Amarela.