28.10.05

O começo do meu dia.

pesadelo.

Depois da maior parte do sonho, que eu não me lembro como foi, a gente - eu, um cara lá e outro cara fortão - sentou nos pés de uma casa lá, quase uma catedral, com a fachada grande. Daí, não sei porque motivo, eles foram pra num sei aonde que era longe da onde a gente tava, e eu segui eles. Só que depois a rua onde a gente tava ficou cheia de pessoas - muitas mesmo - e eu fui me embora, sem eles.

Isso já tinha acabado a aventura principal do sonho, que acho tinha algo a ver com fantasmas.

Sim, aí. Aí, eu me toquei que tava sem chinelas. "Porra, esqueci minhas chinelas lá." Daí voltei aquela construção da fachada grande, mas quando ia entrando, a rua não tinha ninguém andando por ela, ninguém gastando asfalto, só um cara lá na puta que pariu e outro que tava vindo na minha direção, mas não olhava pra mim. Entrei duma vez. Peguei as duas chinelas.

Adentrei mais um pouco na igreja - chamemos de igreja: imaginem um galpão bem grandão, com o teto alto, as paredes pintadas de amarelo e nada dentro - e quando eu virei a cara, o cara num tava com uma arma cinza na mão ? Eu me caguei todim. "Puta merda: e agora ?"

Fui falar com o vigia, mas ele, quase que me expulsando, disse que eu tinha que ir mais é embora que ele não ia me ajudar não. "Não, não, num quero gente desse tipo aqui não. Vá simbora."

"Desse tipo" era o cara com a arma lá.

Eu num fui embora, lógico, e o cara viu nós dois e correu mostrando a arma. Eu saí correndo, e não sei porque: sempre nos meus sonhos eu corro estranhamente devagar ou quase escorregando. Daí eu e guarda fugimos prum canto lá que tinha uma escada estreitíssima e subiu o guarda e o ladrão - chamemos de ladrão - passou por mim, mesmo com as insistências do guarda. "Olha ele ali embaixo ! Olha ele ali embaixo !"

Eu saí correndo pro outro lado, só que daí o ladrão apareceu atrás de mim justo quando eu saía da igreja. Deu um tiro, eu segurei a arma, fiz com que ele desse mais dois tiros pra cima, mas aparentemente, as balas não acabavam. Eu corri para dentro da igreja, ele atrás de mim.

Não me lembro como aconteceu, só que depois de mais alguma perseguição, um outro ladrão colocou uma arma na minha cabeça. Daquelas 9mm, preta.

Daí, do nada, surgiu uma pequena esteira de fabricação de balas atrás do segundo ladrão. Eles pegaram as balas, e o vigia implorou pela minha vida. Naquela hora, ele conseguiu: os ladrões saíram falando em inglês: "Okay." Mas não foi só isso, eles disseram mais coisa, não me lembro porém.

Eu sabia, contudo, que quando saísse da igreja, eles iriam me tacar as balas. Não saí.

Nesse momento, acordei.

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