31.7.05
Quinquagésimo Segundo - Daquilo Que Jamais Será Dito, Somente Escrito. Ámem.
Quinquagésimo Primeiro - Useiro Na Derrotitude, Vezeiro Na Vicissitude.
28.7.05
Quinquagésimo - 100 Coisas Sobre Mim.
25.7.05
Quadragésimo Nono - Metal, Resoluções E Latim.
24.7.05
Quadragésimo Oitavo - Single Novo, Filme Novo, Sorvete Novo, Mas Ruim.
Quadragésimo Sétimo - A Magia Da Poesia, Blog E Vestibular.
Quadragésimo Sexto - Nada A Dizer, Ferreira Gullar e Poema Inundado.
23.7.05
Quadragésimo Quinto - Parece Uma Pausa, Mas Não Deve Ser.
22.7.05
Quadragésimo Quarto - Piada III.
Quadragésimo Segundo - Piada II.
- Eu só quero os meus direitos !
Quadragésimo Primeiro - Piada I
Daí, os agentes da Abin atacaram o estabelecimento achando que ocorria um ataque terrorista em pequena escala. Nenhum mulçumano ou pessoa de barba grossa e preta foi encontrada no local, mas quando os bombeiros perguntaram à garçonete se ela estava bem, ela respondeu:
Quadragésimo - Do Ato De Beber E Das Suas Consequências Giroscópicas.
Quando beber, não gire a cabeça muito rápido: você vai cair.
Quando beber, não se preocupe em andar batendo nas coisas: vai acontecer.
Quando beber, se lembre de quem você é e de onde você está: é fácil perder a noção de espaço.
Quando beber, beba perto de um local onde o mijo possa ser executado: você vai precisar.
Quando beber, beba junto de alguém: especialmente se você quebrou os óculos e está CEGO.
Quando beber, lembre-se de que sempre se pode msiturar algo com a vodca: só a vodca é álcool puro.
Quando beber, lembre-se de NÃO beber de uma vez qualquer bebida: a sua garganta irá ficar dormente e você não vai poder terminar a dose por um bom tempo.
Quando beber, lembre-se de que uma dose não é - repito "NÃO É" - um copinho pequeno: e maior do que aqueles copos de requeijão. Cuidado com as doses.
Quando beber, tente ficar sentado o máximo possível: vai não querer sair batendo nas coisas.
Quando beber, lembre-se de que BEBER É CARO.
Bom porre.
21.7.05
Trigésimo Nono - Deles, Que Merecem Tanto.
Olh-á ! Quebrei meu óculos no mei-ô ! 120 contos pra consertar ! Olh-á !
Domingooo...LEEEEGAAAAAAL !
Para todos que merecem silêncio, agradecido por terem nascido e tentem demorar um pouquim pra morrer, would ya ?
Ah, putz fazia tanto tempo que eu não ia pra praia. Foi bom comer carangueijo novamente depois de eras. Tomar banho de mar. Ficar com marca de camisa. Foda.
Bom dias merecem silêncio. Eles também.
19.7.05
17.7.05
Trigésimo Sétimo - Dos Vícios.
16.7.05
Trigésimo Sexto - Aqui Dentro.
15.7.05
Trigésimo Quinto - Vixe, morreu.
13.7.05
Trigésimo Quarto - De Como Mário Quintana Era Um Sádico.
Era uma vez um homem que estava pescando, Maria. Até que apanhou um peixinho ! Mas o peixinho era tão pequenininho e inocente, e tinha um azulado tão indescritível nas escamas, que o homem ficou com pena. e retirou cuidadosamente o anzol e pincelou com iodo a garganta do coitadinho. Depois guardou-o no bolso traseiro das calças, para que o animalzinho sarasse no quente. E desde então, ficaram inseparáveis. Aonde o homem ia, o peixinho o acompanhava, a trote, que nem um cachorrinho. Pelas calçadas. Pelos elevadores. Pelo café. Como era tocante vê-los no "17" ! - o homem, grave, de preto, com uma das mãos segurando a xícara de fumegante moca, com a outra lendo o jornal, com a outra fumando, com a outra cuidando do peixinho, enquanto este, silencioso e levemente melancólico, tomava laranjada por um canudinho especial...
Ora, um dia o homem e o peixinho passeavam à margem do rio onde o segundo dos dois fora pescado. E eis que os olhos do primeiro se encheram de lágrimas. E disse o homem ao peixinho:
"Não, não me assiste o direito de te guardar comigo. Por que roubar-te por mais tempo ao carinho do teu pai, da tua mãe, dos teus irmãozinhos, da tua tia solteira ? Não, não e não ! Volta para o seio da tua família. E viva eu cá na terra sempre triste !..."
Dito isso, verteu copioso pranto e, desviando o rosto, atirou o peixinho n'água. E a água fez redemoinho, que foi serenando, serenando... até que o peixinho morreu afogado...
Mário Quintana
Trigésimo Terceiro - Do Papel Ofício De Escrever.
O Rubem Alves disse "literatura é vagabundagem." Tem um autor de Teoria da Literatura - René Welleck - que escreveu - mais ou menos assim - que não se pode deixar de lado a parte brincalhona da literatura, mas também não se pode depreciar seu lado de ofício, de labuta, de processo criativo trabalhoso.
Isso tá no "Teoria da Literatura e Metodologia dos Estudos Literários" - título que, aliás, os autores consideram curto. É um cu.
Eu só consigo me lembrar de dois autores agora: A senhora Meireles e o Soares Feitosa. Ela, depois que publicava as poesias dela no jornal, não mexia mais. O Soares Feitosa, ele, escreve de inspiração, quase como o Chico Xavier. Psicografando.
E eu gosto dos dois. Então, o problema é com eles, que "não trabalham a poesia", ou é com o autor ? Ou é comigo, que leio os três e não entendo metade ?
Eu digo que é com o autor. Não leiam René Welleck. Não leiam Austin Warren. Leiam Terry Eagleton. Ele vale a pena.
12.7.05
Trigésimo Segundo - De mim, para você.
10.7.05
Trigésimo Primeiro - Fuderasaficamente fuderoso.
8.7.05
Trigésimo - De Como Ela Deixa De Ser E Como Ela Continua Sendo.
6.7.05
Vigésimo Nono - Sangue Na Boca.
Tudo na sua vida baseava-se no trinômio: resignação, adaptação e repressão, como qualquer boa alma adaptada á sociedade. Acordava, vivia, nunca se machucava: era precavido. Não havia cicatrizes, não havia marcas, não havia sinais, não havia resquícios daquela tarde em que caiu da bicicleta quando seu pai tirou as rodinhas e não lhe avisou. Ele nem se lembrava direito. Devia ser mentira, afinal não havia marcas para provar. Nada.
Tudo mais era branco. Tudo mais era branco demais. Tudo mais era branco demais para acordar. Tudo mais era branco demais para acordar e não se machucar. Resolveu se machucar. Sangue na boca, no travesseiro, no colchão, no chão. Nada.