8.7.05

Trigésimo - De Como Ela Deixa De Ser E Como Ela Continua Sendo.

"Decepção
Nessa confluência de interesses
Âmago de desejos infundados
Rabiscos soltos na mente
Emaranhado novelo de lã
Envolve, enrosca, confunde
Contunde, embriaga, escarnece
Sangue feérico sem sabor
Droga alucinógena que
Não esclarece os sentidos
Os cinco desejos que são esquecidos
Escondidos e enterrados
Na loucura voluptuosa da raiva!
Rosto em chamas e
Peito em pedaços, no chão
Desejo de dizer sim
Vontade de cuspir não."
Rebeca Xavier
Saudade do tempo que eu poetava assim. Eu acho que dei o caderno pra alguém, mas a poesia imatura deve ficar imatura.
Quando eu via poesia antes, eu achava que os poetas eram bando de doidos boêmios, que passavam o dia voando, escrevendo sobre qualquer tampa de bueiro que viam na rua e saia algo poético.
Daí eu descobri que o Olavo Bilac era servidor público, que nem o meu pai.
Interessante como basta pouco pra gente não acreditar em alguma coisa.

Um comentário:

Suyá Lóssio disse...

Já ia te chamar de rômantico, até ver que o texto não é teu ¬¬