13.7.05

Trigésimo Terceiro - Do Papel Ofício De Escrever.

Ele é muito bom. Uma página em branco sempre é um bom lugar para começar a orgnizar as idéias. E elas - deus sabe - tem de ser organizadas.

O Rubem Alves disse "literatura é vagabundagem." Tem um autor de Teoria da Literatura - René Welleck - que escreveu - mais ou menos assim - que não se pode deixar de lado a parte brincalhona da literatura, mas também não se pode depreciar seu lado de ofício, de labuta, de processo criativo trabalhoso.

Isso tá no "Teoria da Literatura e Metodologia dos Estudos Literários" - título que, aliás, os autores consideram curto. É um cu.

Eu só consigo me lembrar de dois autores agora: A senhora Meireles e o Soares Feitosa. Ela, depois que publicava as poesias dela no jornal, não mexia mais. O Soares Feitosa, ele, escreve de inspiração, quase como o Chico Xavier. Psicografando.

E eu gosto dos dois. Então, o problema é com eles, que "não trabalham a poesia", ou é com o autor ? Ou é comigo, que leio os três e não entendo metade ?

Eu digo que é com o autor. Não leiam René Welleck. Não leiam Austin Warren. Leiam Terry Eagleton. Ele vale a pena.

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